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SATA quer poupar 65 milhões de euros com Plano de Sustentabilidade Financeira

O grupo SATA apresentou, ontem, um plano de 40 medidas que assentam em três objectivos estratégicos, aumentar as receitas e diminuir os custos da empresa, incrementar a eficiência operacional e modernizar a gestão dos recursos internos.
Num encontro realizado, com a comunicação social, a companhia aérea açoriana, determinou a intenção de poupar 65 milhões de euros com estas medidas que estão previstas no Plano de Sustentabilidade Financeira.
Este plano, elaborado pelas equipas de gestão do Grupo SATA, contém medidas destinadas a potenciar o aumento de receitas e reduzir os custos operacionais e estruturais do grupo, estando o mesmo alinhado com as perspectivas para o sector do transporte aéreo para o ano de 2025.
De acordo o Presidente do Grupo SATA, Rui Coutinho: “estas medidas no seu total têm um impacto global, no ano de 2025, de 65 milhões de euros”, embora saliente que o plano apresentado seja conservador.
Em conformidade com o Rui Coutinho para conseguir aumentar as receitas, o grupo pretende proceder à reavaliação tarifária e optimização do plano operacional (por exemplo, ao deixar de realizar as rotas do Porto e do Funchal para os Estados Unidos e Canadá, a companhia tem um ganho imediato de 12 a 15 milhões de euros); disponibilizar espaços publicitários nas aeronaves; retrofit da frota para aumentar a capacidade de passageiro e reorganizar a oferta no transporte de carga para ganhos de eficiência.
No que respeita ao incremento da eficiência operacional, o grupo tem a intenção de avançar com a adequação do catering às características de cada percurso (o fim das refeições nos voos entre os Açores, Continente e Madeira têm um impacto de 4,5 milhões de euros); de criar um comité dedicado ao acompanhamento da pontualidade; concluir a renovação da frota da Azores Airlines e iniciar a renovação da frota da SATA Air Açores (a empresa tem a intenção de adquirir um novo avião Dash Q400 e proceder à manutenção dos Q200) e por fim reestruturar as operações de manutenção bem como aumentar a utilização de energias verdes nos equipamentos de solo.
Em relação à reestruturação dos serviços de suporte, as medidas focam na modernização do Contact Center e do site corporativo; nas compras conjuntas com empresas parceiras para optimização de custos; na reorganização de processos internos para o aumento da produtividade e na renegociação das condições com os fornecedores externos.
O Grupo SATA vai ainda avançar com a introdução de vendas a bordo e a ampliação dos serviços complementares; automatizar processos de modo a reduzir o tempo de rotação das aeronaves, melhorando a pontualidade, assim como proceder à optimização de sinergias e complementaridade entre as companhias SATA Air Açores e a Azores Airlines.
O reforço dos canais de atendimento nos aeroportos, Contact Center e serviços Customer Care são outras das medidas previstas no âmbito dos serviços prestados pelo grupo.
Para Rui Coutinho, com este plano, a companhia açoriana pretende capturar, não apenas ganhos para o ano de 2025, mas também colocar as empresas “num curto/médio prazo, a andar noutro sentido, que é aquilo que nós pretendemos. Por a SATA a voar mais alto”.

Impacto dos 65 milhões
de euros no prejuízo
da Azores Airlines

Quando questionado sobre o impacto, que estes 65 milhões de euros poderiam ter no prejuízo da Azores Airlines, em 2025, Rui Coutinho, espera que tenha um impacto directo: “neste ano de 2025 o que esperamos é que efectivamente sejam os 65 milhões a ter um impacto directo no resultado líquido, dentro das empresas. Os 65 milhões são para ambas as empresas do grupo, não será tudo só na Azores Airlines ou tudo na Air Açores”.
Quanto à estimativa para os resultados do Grupo SATA, o presidente da companhia aérea açoriana não adiantou números, mas admitiu que os resultados do primeiro trimestre não serão muito diferentes dos dados anteriormente anunciados: “não se consegue converter uma empresa com prejuízos cíclicos de um momento para o outro. Não vão ver um resultado do primeiro trimestre de 2025, muito melhor do que o anterior, até porque não conseguimos.”.
Apesar dos prejuízos acumulados Rui Coutinho fez questão de frisar que houve um aumento nas receitas “nós conseguimos (…) nos meses de Outubro e Novembro aumentar as receitas em quase 20% e os nossos fornecimentos e serviços externos subiram apenas 2%. Ou seja, estamos a ser mais eficientes na operação que estamos a ter”, declarou.

Privatização da Azores
Airlines

Quando questionado, se este plano já tinha em vista a privatização da Azores Airlines, Rui Coutinho afirmou que não, salientado que este processo encontra-se em aberto: “ relativamente à privatização, não há novidades, não há grandes números a acrescentar, e como disse o Senhor Presidente, decorre”, deixando em aberto, se o prazo para a privatização, poderá acontecer ainda este ano: “não digo nem sim nem não, logo veremos. O que existe no plano de reestruturação, efectivamente, negociado com a Comissão Europeia é que existe um dead line até 31 de Dezembro de 2025. Nós trabalhamos para isto, seja com este consórcio, seja com outro, é a nossa missão. É o plano de reestruturação e é para isto que trabalharemos”, explicou.

Avião que sofreu ataque
Bird Strike previsto estar
operacional a 15 de Janeiro

Relativamente ao avião que sofreu um Bird Strike, Rui Coutinho, informou que apesar de o ataque ter provocado problemas nos dois motores do avião, está previsto que o mesmo esteja operacional a 15 de Janeiro: “nós temos uma previsão que ele esteja operacional no dia 15 de Janeiro. Pode haver uma ligeira derrapagem, sempre com fornecimento de peças, mas a última indicação que nós temos é que esteja pronto a 15 de Janeiro”, reiterando que a ausência desta aeronave deixou a operação ligeiramente condicionada.

SATA certificada na Gestão da Responsabilidade Social

A SATA Holding, grupo empresarial que engloba as companhias aéreas SATA Air Açores, Azores Airlines e SATA Gestão de Aeródromos, foi certificada pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação no referencial NP 4469:2019, na área de Gestão da Responsabilidade Social.
Esta certificação valida os processos adoptados pelas empresas e sublinha o empenho da organização em promover uma cultura de responsabilidade social, integridade e dedicação à melhoria contínua.
Para chegar a esta certificação, a APCER verificou se os processos e práticas adoptadas pelo grupo SATA estavam em conformidade com os requisitos da norma na área da Gestão de Responsabilidade Social. Foram igualmente reconhecidas as diversas iniciativas e projectos implementados que evidenciaram a preocupação para com a comunidade envolvente.
Na cerimónia de entrega da certificação, realizada em Ponta Delgada, na sede da SATA Holding, Rui Oliveira, Chief Operating Officer da APCER destacou a notável proactividade da empresa, que de forma voluntária se submeteu a um processo de avaliação de conformidade. “A SATA demonstrou uma transparência que é admirável nas organizações e um verdadeiro desejo de compromisso com princípios éticos, respeito pelos direitos humanos, leis aplicáveis e desenvolvimento sustentável”, afirmou.
José Raposo, responsável pelo Gabinete de Responsabilidade Social, Saúde e Segurança no Trabalho da SATA , salientou a dedicação das equipas e dos colaboradores que se juntaram em torno de um objectivo colectivo, que visa a melhoria contínua. Rui Coutinho, Presidente da SATA Holding salientou “que a certificação é o resultado do dedicado trabalho de uma equipa comprometida em garantir que a Responsabilidade Social continue a ser um pilar fundamental da estratégia de desenvolvimento da SATA Holding”, concluindo que a conquista desta certificação assinala “o princípio de um caminho e não o seu fim”.
Com esta certificação da APCER, o Grupo reafirma o seu papel como referência de boas práticas no sector, contribuindo para um futuro mais sustentável e responsável. O reconhecimento reflecte o empenho do Grupo em desenvolver acções efectivas, com impacto positivo nas comunidades que serve, em particular, no Arquipélago dos Açores.
As empresas da SATA Holding foram pioneiras, em Portugal, na obtenção a certificação no programa IATA Environmental Assessment (IEnvA) da IATA, uma distinção especificamente concebida para atender à especificidade do transporte aéreo e foram membro fundador do Cluster Grace Açores com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento empresarial regional, orientado por critérios de ESG (Environmental, Sustainability and Governance). Recentemente, foram distinguidas com a Medalha Prata no Índice EcoVadis, plataforma que avalia a performance das empresas nas áreas do meio ambiente, direitos humanos e condições de trabalho e responsabilidade com fornecedores.

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