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Falta de rebocador em Ponta Delgada impede entrada de navio

O porto de Ponta Delgada continua com a sua operacionalidade reduzida devido à falte de um rebocador, o que causa prejuízos elevados à ilha de São Miguel, disseram ontem ao nosso jornal fontes conhecedoras do assunto.
A situação arrasta-se há vários anos e a compra (com muitos anos de atraso de um novo rebocador) o AÇOR, que chegou em Maio do ano passado, não resolveu a situação.
Neste momento encontra-se abrigado na costa norte de São Miguel, desde 13 de Janeiro, um navio que vem descarregar 27 mil toneladas de cereais destinados ao fabrico de rações.
A imobilização deste navio causa um prejuízo à empresa importadora de cerca de 20 mil euros dia, soube o nosso jornal.
A 10 de Dezembro o Porto de Ponta Delgada informou os armadores do navio de que as condições meteorológicas exigiam para a entrada do navio o apoio de 3 rebocadores
O navio poderia ter entrado no porto a 13 de Janeiro caso existissem, no porto de Ponta Delgada, dois rebocadores em condições.
Actualmente, existe o AÇOR e o Pero de Teive, construído em 1998, ou seja com 27 anos de serviço e, consequentemente, não tem capacidade para auxiliar nas manobras de navios com maior tonelagem.
Tornava-se necessário solicitar a vinda de um rebocador da Terceira ou do Faial.
O Bravo, rebocador da Praia da Vitória, comunicou que se encontra com uma avaria e o São Luís, da Horta, informou que devido às condições meteorológicas não se poderia deslocar.
Assim, não foi aproveitada nova janela de oportunidade que surgiria hoje, Sábado, antes do tempo voltar a piorar.
Nos meios ligados ao sector comenta-se que as condições de mar não eram de modo a impedir a vinda do rebocador, mas os mestres não quiseram arriscar, pois as previsões apontam para agravamento do tempo a partir de Domingo, não permitindo o seu regresso à Horta.

E novo rebocador
para Ponta Delgada?

Esta situação, que já não é a primeira vez que se verifica, vem levantar a questão da substituição do Pero de Teive, já com quase 30 anos, temendo-se que se verifique o mesmo que sucedeu com o São Miguel, que só foi substituído o ano passado quase com 53 anos de serviço.
Os rebocadores da Horta e da Praia da Vitória também já começam a ficar ultrapassados, o que levou alguns técnicos, antes da compra do Açor, a propor a negociação de um pacote, com a Damen ou outra empresa especializada neste tipo de barcos, para a entrega dos rebocadores existentes então na Portos dos Açores (5) e a compra de 4 modernos rebocadores, mas esta proposta nunca chegou sequer a ser analisada pela tutela, disseram-nos as mesmas fontes.

Fábrica pode parar

Entretanto, o atraso na entrada e consequente descarga de 27 mil toneladas de cereal pode causar a paralisação da Fábrica da Finançor por falta de matéria-prima.
De acordo com as previsões meteorológicas, o navio, que deveria ter entrado no Porto de Ponta Delgada a 13 de Janeiro, só deverá entrar Quinta-feira.

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