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Alexandre Gaudêncio vai manter-se como Presidente da Câmara da Ribeira Grande apesar de ir a julgamento

O Presidente da Câmara da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, disse ontem que vai manter-se no cargo, depois de ter conhecida a decisão do tribunal em levá-lo a julgamento na operação Nortada.

Com efeito, Alexandre Gaudêncio vai a julgamento neste caso que se arrasta há vários anos, envolvendo um total de 12 arguidos, segundo a decisão do debate instrutório conhecida ontem.
O autarca Alexandre Gaudêncio vai a julgamento acusado de crimes de abuso de poder, peculato e corrupção passiva.
Hernâni Costa, antigo presidente do Instituto Regional de Ordenamento Agrário (IROA), que se demitiu do cargo no início de 2024, após ter sido constituído arguido, e alguns empresários locais vão também a julgamento.
A investigação judicial a este caso arrancou em 2017, culminando com a acusação por parte do Ministério Público de 12 arguidos.
Em 2019, Alexandre Gaudêncio apresentou a demissão de líder do PSD/Açores, mas, em 2021, candidatou-se a um terceiro mandato na autarquia da Ribeira Grande, vencendo as eleições.
Gaudêncio chamou ontem os jornalistas para dizer que mantém a sua inocência, reconhecendo que poderão ter havido algumas irregularidades, mas não ilegalidades.
Alexandre Gaudêncio diz que, consultando o processo, há duas dezenas de denúncias anónimas, “certamente de quem não soube aceitar os resultados eleitorais”.

PS diz que Gaudêncio
não tem condições

O Secretário Coordenador do PS/Ribeira Grande, Carlos Silva, manifestou, ontem, a sua apreensão face aos mais recentes desenvolvimentos envolvendo o Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, alertando, a esse propósito, que Alexandre Gaudêncio já não reúne condições para se manter à frente do executivo.
“Alexandre Gaudêncio foi hoje formalmente notificado para julgamento. Este é um caso que se arrasta há demasiado tempo e que coloca em causa a credibilidade e a confiança que os cidadãos depositaram nas instituições locais”, afirmou o socialista.
De acordo com Carlos Silva, o concelho da Ribeira Grande não merece continuar a ser falado “apenas pelos maus motivos”, sendo que durante estes últimos cinco anos, tempo em que se arrastou este processo, “a Ribeira Grande tem estado num processo de autogestão”.
“Toda esta situação cria incerteza, quer nos funcionários da autarquia, quer nas instituições com quem a Câmara Municipal colabora e, neste momento, a Ribeira Grande precisa de um executivo que esteja concentrado a 100% na resolução dos problemas do concelho”, defendeu o socialista, para acrescentar não poder continuar à frente da autarquia. Acrescentando que face a toda esta situação, a bem da autarquia e dos destinos da Ribeira Grande, “o melhor mesmo seria Alexandre Gaudêncio se afastar, concentrando-se, assim, na sua defesa”. Para Carlos Silva, este é mais um bom exemplo de que a Ribeira Grande precisa, urgentemente, de uma mudança: “Essa mudança começará com a Lurdes Alfinete, uma pessoa competente, preparada e que devolverá a uma nova esperança aos Ribeiragrandenses de forma que o concelho possa recuperar a sua credibilidade”. “É imprescindível que a liderança do município seja exercida por alguém que inspire total confiança e que, acima de tudo, tenha a credibilidade e a transparência exigidas para o cargo”, afirmou o Secretário Coordenador, Carlos Silva, para defender que “a Ribeira Grande e os Ribeiragrandenses merecem mais e melhor”.

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