É bem conhecida a mensagem de misericórdia e compaixão do Papa Francisco, que declarou 2025 como o Ano da Esperança. Num mundo marcado por crises e incertezas, o Papa vê este Jubileu como uma oportunidade para renovar a esperança no coração dos fiéis. E enfatiza a importância de olhar para o futuro com confiança, promovendo a paz e a solidariedade.
O tema da esperança é especialmente relevante no contexto atual, pelo que o Papa Francisco convida todos a serem portadores de esperança, não apenas nas suas vidas pessoais, mas também nas suas comunidades. E destaca a necessidade de apoiar os mais vulneráveis, promover a justiça social e construindo um mundo mais fraterno.
A esperança é assim um sentimento poderoso que pode transformar vidas e sociedades. Na família, é mesmo o alicerce que mantém os membros unidos, mesmo nos momentos mais difíceis. É a crença de que, apesar dos desafios, dias melhores virão. A esperança na família manifesta-se no apoio mútuo, no amor incondicional e na capacidade de superar adversidades juntos. Ela dá-nos força para enfrentar os obstáculos e motiva-nos a construir um futuro melhor para as próximas gerações.
A esperança pode ser vista nas pequenas ações familiares do dia a dia: Um pai que incentiva o seu filho a nunca desistir dos seus sonhos, uma mãe que consola e encoraja após uma derrota, ou irmãos que se apoiam mutuamente nas suas jornadas. São gestos, aparentemente simples, mas de enorme peso emocional e psicológico, que fortalecem os laços familiares e preparam todos para um futuro mais promissor.
A esperança na família é também um legado que se transmite de geração em geração. Isso permite formar adultos resilientes e otimistas, que olham para além das dificuldades e encontram soluções criativas para os problemas. Desta forma, a esperança torna-se um pilar fundamental para a construção de uma sociedade mais equilibrada e harmoniosa.
Na política, a esperança é igualmente essencial, pois inspira líderes e cidadãos a trabalharem juntos por um bem comum. É mesmo a visão de um mundo mais justo, com oportunidades iguais e onde a voz de cada indivíduo é ouvida e respeitada. Através do diálogo e da cooperação, será possível alcançar mudanças significativas e duradouras.
A esperança na política encoraja-nos a participar ativamente na construção de uma sociedade mais inclusiva e democrática.
Desde as lutas pelos direitos civis até aos movimentos pela independência, a esperança tem sido o combustível que impulsiona as massas a lutar por um futuro melhor. Líderes visionários, movidos pela esperança, conseguem inspirar e mobilizar milhões de pessoas em prol de causas nobres e justas.
Além disso, a esperança na política mostra que cada voto conta e que a participação cívica pode influenciar positivamente o rumo das nações, e significa cidadãos mais propensos a exigir transparência e responsabilidade aos seus governantes. Esta esperança ativa é fundamental para a manutenção e fortalecimento das instituições democráticas.
Em síntese, a esperança na família e na política é o que nos impulsiona a seguir em frente, a lutar pelos nossos sonhos e a acreditar num futuro melhor. Ela une-nos, fortalece-nos e dá-nos a coragem necessária para enfrentar os desafios da vida. Este sentimento tem o potencial de mudar sociedades inteiras, promovendo um mundo mais justo, pacífico e inclusivo.
A esperança é um fio condutor que nos melhora. Na calorosa união da família, na vibrante arena da política, é o que nos mantém resilientes e determinados a construir um amanhã mais brilhante. E, como nos relembra o Papa Francisco, ao irradiarmos e semearmos esperança, contribuímos para um mundo onde a paz e a justiça prevalecem.
Nídia Inácio *
- Deputada do PSD/Açores na ALRAA