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Caminhos de Ninguém, Um livro de Poemas

De acordo com o “Ciência Vitae”, (Plataforma Europeia de Registo Científico), a minha Grande Área e “Domínio de Atuação” é: “Ciências Sociais – Ciências da Educação” e “Humanidades – Filosofia, Ética e Religião”.

Eis que na Caixa de Correio, na nossa Casa, aqui em Ponta Delgada, fui agradavelmente surpreendido, a dezoito de fevereiro passado, – deste ano de 2025 -com uma encomenda, a mim dirigida e enviada da minha Terra Natal, os Ginetes, por uma Pessoa muito estimada, a Sra. Teresinha Pimentel, a quem voltarei a referir-me, noutra circunstância. A Sra. Teresinha Pimentel teve a gentileza de me enviar o livro Caminhos de Ninguém, da autoria de Sidónio Ferreira.
E eis que ao abrir o livro me deparo com esta tão amável Dedicatória: “Querido amigo Emanuel. Ofereço-te este livro, publicado ontem, dia 16 pelas 18H, na casa da música, com interminável gratidão, recordando o feliz dia, inesquecível e saudoso, 21/01/2017, na nossa querida Igreja.
‘Do bem fica-nos a saudade…
como dizia alguém’.
Pela tua amizade
e empenhamento que guardo no
coração
Um abraço.
Deus te abençoe.
Teresinha Pimentel”.

Senhora Teresinha Pimentel, muito obrigado pela Alegria que me deu, ao ler a sua Dedicatória, neste livro Caminhos de Ninguém, que, de imediato, suscitou o meu interesse, que leio com muito gosto. Um livro com belos poemas, em versos tocantes, com profundidade e cadência de musicalidade.
É também com muito gosto que aqui partilho o livro Caminhos de Ninguém, da autoria de Sidónio Ferreira, meu conterrâneo, também natural dos Ginetes, A Terra da Autonomia, como não me canso de dizer, afirmar e escrever.
O livro tem vários poemas, sobre diversos temas, com fotografias, de capa e contracapa, de Nelson Raposo, também natural e residente nos Ginetes, A Nossa Terra. Os Ginetes é uma Terra de fortes laços como Comunidade e Freguesia do Concelho de Ponta Delgada/S. Miguel-Açores.
Emanuel Oliveira Medeiros

Nota Biográfica

Sidónio José Da Silva Ferreira nasceu no dia 1 de setembro de 1978, nos Ginetes, freguesia do concelho de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, arquipélago dos Açores. Filho de José Jacinto Ferreira e de Maria De Jesus Caetano Silva, frequentou a escola primária dos Ginetes e a telescola (atual EB1 Dr. Carlos Bettencourt Leça), tendo iniciado no ano letivo de 1984-1985 e terminado os seus estudos no ano letivo 1989-1990, com a escolaridade mínima obrigatória na altura, que era o sexto ano de escolaridade. Não querendo continuar os estudos, ficou a ajudar o pai na agricultura. Sempre foi apaixonado por desporto, em especial pelo futebol.
Aos 14/15 anos ingressou na Filarmónica Minerva Dos Ginetes, tendo começado a tocar tuba contrabaixo; instrumento que no ano a seguir trocou pelo clarinete. Aos 16 anos entrou nos escuteiros, no Agrupamento 1065 dos Ginetes, tendo permanecido quer na Filarmónica quer nos Escuteiros, até julho de 1998, altura em que foi cumprir o serviço militar obrigatório. Iniciou a recruta em Angra do Heroísmo (na altura RG1) a 6 de Julho de 1998 e depois seguiu a especialidade de transmissões, tendo regressado a S. Miguel em Setembro de 1998, para cumprir o resto do tempo de tropa obrigatório, na freguesia dos Arrifes (na altura RG2). Terminou o serviço militar obrigatório em Janeiro de 1999. Em 1 de Agosto de 2001, iniciou uma nova etapa profissional, como colaborador da empresa Auto Viação Micaelense Lda, exercendo a função de motorista de autocarros, profissão que exerceu até 19 de julho de 2021. A 20 de Julho de 2021, passou a ser funcionário público, tendo ingressado nos SMAS de Ponta Delgada, trabalhando no Setor De Qualidade E Tratamento De Água. Contraiu matrimónio a 16 de Fevereiro de 2002, com Dora Maria Melo Avelar Ferreira. Tiveram 2 filhos, o Rodrigo Miguel Avelar Ferreira e a Sabrina Avelar Ferreira.
Viveu até 6 de Abril de 2010, na freguesia das Sete Cidades, tendo depois mudado de residência para a freguesia da Candelária, onde ainda hoje vive. No ano de 2017 abraçou um cargo desportivo, o de treinador de guarda-redes de futsal, do escalão de Júniores, onde viriam a vencer a taça de Ano Novo e serem finalistas vencidos da taça de S. Miguel, pelo Clube Desportivo Juventude Da Candelária. Nas épocas 2018-2019 e 2019-2020, ficou como treinador principal no escalão de infantis, tendo sido campeão de ilha, vencedor da taça de honra da Associação de futebol de Ponta Delgada, finalista vencido da taça de S. Miguel e Campeão Regional de Infantis. Foi também durante 3 anos, tesoureiro na direção do clube, técnico de equipamentos e na época desportiva 2023-2024 para além de treinador e tesoureiro, ocupou também o cargo de diretor técnico do clube, tendo terminado a ligação ao clube, no final da época 2023-2024. Apaixonado por poesia, adora escrever o que lhe vai na imaginação, gosta de ler Fernando Pessoa (Mensagem), Luís de Camões (Os Lusíadas), Sophia de Mello Breyner Andresen e muitos outros mais…

Sidónio José Da Silva Ferreira

Caminho do silêncio
No silêncio da partida, o vento sussurra paz,
Cada passo deixado, um eco na imensidão,
As flores dançam na vida e a saudade se desfaz,
Na terra serei lembrado, numa brisa, numa canção.

As estrelas, cantarão minha história,
E o vento, sussurrará meu nome,
Em cada canto, uma memória,
Minha presença, nunca se some.

No silêncio profundo, da noite escura,
A vida despede-se, suave e subtil,
Um suspiro leve, a alma é frescura,
E a luz apaga-se, como um fio de mil.

As sombras dançam, entre as árvores antigas,
O vento, sussurra segredos do além,
Cada folha caída, traz as minhas brigas,
E o tempo se esvai, como um sonho aquém.

As folhas caem lentas, um lamento discreto,
A natureza ressoa, seu canto de adeus,
No coração tateante, um presságio secreto,
Que em cada despedida, ressoa para Deus.

E assim caminhamos, entre o riso e pranto,
No fio da eternidade, entre a luz e a sombra,
A morte que é vida, que é amor, que é encanto,
No silêncio profundo, tudo se assombra.

O vento, murmura segredos antigos,
Contos de amores, de risos e dor,
Mas no eco do nada, sem mais amigos,
Ressoa a memória, eterna sem cor.

Caminhos trilhados, em versos e risos,
Agora se apagam, como estrelas ao amanhecer,
Mas no coração, guardamos os sorrisos,
Na saudade de um laço, que não se pode esquecer.

Os pássaros, calaram seu canto,
E as flores, curvam-se em respeito,
No vazio imenso, peso tanto,
Da ausência que abraça, do adeus perfeito.

Emanuel Oliveira Medeiros*
Professor Universitário
Universidade dos Açores

  • Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores
    Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
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