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45 anos de Serviço Regional de Estatística dos Açores “Transformação em instituto público regional permitirá reforçar ainda mais a independência do SREA”

O Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA), surgido há 45 anos, presta desde então um serviço de grande pertinência para inúmeros sectores da sociedade, sendo uma ferramenta indispensável para as actividades financeiras, económicas, indústrias e, mesmo políticas, entre muitas outras.

Saber a evolução da realidade, seja positiva, seja negativa, através de estatísticas oficiais, é imperativa para a tomada de decisões e aplicação de métodos de trabalho de entidades públicas ou privadas, Governo Regional, empresas, estabelecimentos de ensino ou de simples cidadãos. Em suma, para o planeamento quotidiano.
A criação do SREA, em Maio de 1980, através do Decreto-Lei nº 124/80, de 17 de Maio, resultou das especificidades das regiões autónomas e as suas necessidades próprias e pressupôs uma capacidade de resposta otimizada face àquela que vinha a ser dada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no que respeita à satisfação das necessidades de informação estatística dos vários agentes da sociedade açoriana.
Conforme consta do referido Decreto-Lei, “aos serviços regionais de estatística é conferido o duplo estatuto de delegação do INE e de órgão central no âmbito da Região”, sendo que nos primeiros anos, a actividade do SREA desenvolveu-se principalmente como delegação do INE, do que como órgão central para a Região, sobretudo através da extensão aos Açores da produção estatística nacional e/ou comunitária emanada do INE e do CNE (Conselho Nacional de Estatística), mais tarde substituído pelo CSE (Conselho Superior de Estatística).
No entanto, é de realçar desde o início, o desenvolvimento de um projecto de iniciativa regional, de que são exemplo as contas regionais (a partir de 1980), sendo que ao longo dos tempos, muitos outros projectos de âmbito regional foram sendo concretizados, sendo neste âmbito de realçar que com a Lei de Finanças das Regiões Autónomas o SREA assumiu a responsabilidade de, no âmbito do procedimento dos défices excessivos, apresentar, até ao final dos meses de Fevereiro e Agosto, para posterior validação das autoridades estatísticas nacionais, uma estimativa das contas não financeiras e da dívida pública das administrações públicas regionais para os anos anterior e corrente.
A actividade estatística do SREA evoluiu com as alterações à legislação e aquisição de diversas capacidades e responsabilidades, tendo passado a ser um órgão do SEN e membro por inerência do CSE. Por tal, aderiu ao Código de Conduta para as Estatísticas Europeias, adoptado pelo Comité do Sistema Estatístico Europeu.
Ao ser reconhecido como Autoridade Estatística, passa a poder aplicar coimas, tendo ainda a competência para coordenar toda a actividade estatística regional.
Para além da actividade regional e nacional, o SREA tem participado, conjuntamente com outras regiões europeias, em vários projectos de iniciativa comunitária.
O SREA tem presença na internet desde a segunda metade da década de 90 do século passado, tendo concretizando a criação de um portal de estatísticas (http://estatística.azores.gov.pt ou http://srea.ine.pt) no final de 2016. Já em 2019, surge uma nova funcionalidade, a “pesquisa dinâmica”, que permite construir quadros e gráficos à medida das necessidades do utilizador.
Com o Portal, passa a existir também a possibilidade da realização de inquéritos por via electrónica, facilitando a recolha da informação e a participação mais fácil dos informadores.
Em 2024, o SREA desenvolveu 118 operações estatísticas, sendo 82 enquanto delegação do INE e 36 projetos como autoridade estatística da Região, editou 35 publicações, em média, cerca de três por mês, e disponibilizou 227 ocorrências de informação estatística. Registou mais de 57 mil acessos à informação online, quer via portal do SREA, quer pelas redes sociais.
Operando sob a tutela da Vice-Presidência do Governo Regional, o SREA começou com 21 funcionários. Na década de 90 e princípios de 2000 chegou a ter mais de 60 funcionários. Actualmente são 42 os colaboradores, distribuídos pela sede, localizada em Angra do Heroísmo, e pelos núcleos de São Miguel e Faial.
Ivo Sousa, natural da ilha do Pico, doutorado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores é, desde julho de 2022, o Diretor do Serviço Regional de Estatística dos Açores e, desde novembro de 2022, membro efetivo do Conselho Superior de Estatística.
A este jornal fala sobre a atualidade mas, sobretudo, sobre o futuro de um organismo presente no dia-a dia de todos.

Qual a pertinência da estatística no presente?
Ivo Sousa – A estatística, enquanto ciência que se dedica à coleta, análise e interpretação de dados, está presente na sociedade atual, no nosso dia a dia, de uma forma muito profunda, sendo essencial para compreender vários fenómenos, tirando conclusões, bem como nalguns casos possibilita a previsão de situações futuras. Imaginar um mundo sem estatística é, por exemplo, não saber os milhões de seguidores que um influencer pode ter e ficar surpreso com as suas sugestões serem seguidas por muitas pessoas, ou não saber qual a evolução da precipitação num determinado lugar ao longo do tempo e não se poder antecipar se vem a caminho uma eventual seca. Por outras palavras, a estatística é fundamental a qualquer boa decisão que se queira tomar, quer pelos decisores públicos, quer pelas empresas, quer mesmo na nossa vida pessoal.
No caso do SREA, este serviço tem como missão a produção e divulgação de informação estatística oficial de qualidade, contribuindo para a cidadania e para o desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento e em mudança. Assim, estas estatísticas oficiais acarretam uma responsabilidade acrescida, pois têm de garantir regularmente a análise de fenómenos sociais e económicos e a respetiva divulgação ao público, de acordo com metodologias científicas e manuais de referência, de modo a assegurar a comparabilidade e a qualidade dos dados, tendo como fim o uso por governos, agentes económicos e a sociedade em geral para a tomada de importantes decisões que afetam a nossa vida.
Em suma, a relevância da estatística para todos nós é inequívoca, tal como é a importância das estatísticas oficiais produzidas pelo SREA no contexto açoriano.

Como classifica a procura ao serviço prestado pelo SREA?
O SREA tem sido, ao longo dos anos, cada vez mais procurado. Como digo sempre, o SREA atua como um “aparelho raio-x” na Região, ao permitir fazer uma radiografia socioeconómica através das estatísticas, e este “raio-x” tem estado a trabalhar cada vez mais intensamente. Em particular, temos registado mais acessos aos nossos canais de divulgação (portal e redes sociais) e mais pedidos de informação, bem como uma maior visibilidade das estatísticas produzidas pelo SREA junto da comunicação social. Isto não só é motivo de orgulho para os trabalhadores do SREA, mas também demonstra a confiança que a sociedade tem no nosso serviço.

A elaboração de estatísticas subentende a colaboração e parceria com inúmeros serviços, organismos e entidades e empresas. Como funciona e qual tem sido a qualidade dessa colaboração?
Para melhor responder, vale a pena enquadrar formalmente o SREA, ao abrigo da Lei do Sistema Estatístico Nacional: este é um serviço com um duplo estatuto, designadamente funciona como Autoridade Estatística Regional, para as estatísticas oficiais de interesse exclusivo da Região Autónoma dos Açores, e como delegação do Instituto Nacional de Estatística (INE), para as estatísticas oficiais de âmbito nacional. Assim, enquanto autoridade estatística, o SREA pode exigir o fornecimento, com carácter obrigatório e gratuito, a todos os serviços ou organismos, pessoas singulares e coletivas, de quaisquer elementos necessários à produção de estatísticas oficiais. No entanto, o SREA não só sensibiliza os respondentes para a importância das estatísticas, mas também procuramos demonstrar como esses mesmos respondentes podem fazer bom uso da informação produzida pelo SREA em proveito próprio.
Deste modo, temos uma muito boa relação com os diversos organismos públicos com quem interagimos, a nível regional e nacional, bem como as empresas e os cidadãos compreendem o porquê do esforço que fazem para nos fornecerem dados – a todos eles transmito um agradecimento público, porque “sem ovos não se fazem omeletes”, pois é graças a essas colaborações que o SREA consegue produzir estatísticas oficiais sobre os Açores.

O SREA já cobre todas as áreas de interesse pertinentes ou pretende alargar a cobertura estatística. Se sim, que passos se prevê dar?
Nós no SREA queremos sempre fazer mais e dar um contributo cada vez maior à sociedade. Contudo, temos de ter sempre em conta os recursos disponíveis, nomeadamente os humanos, os quais têm vindo a diminuir nos últimos anos.Ainda assim, gostaríamos de desenvolver estudos com vista à produção de novas estatísticas regionais, em particular um Índice de Preços de Produtos Agrícolas (primeira venda) e um Índice de Preços dos Fatores de Produção Agrícolas. Ademais, estamos a desenvolver esforços para divulgar nova informação estatística na área da educação. Por outro lado, das áreas que já cobrimos, gostaríamos de passar a desagregar ainda mais a informação, por exemplo, tentar que alguma informação que só existe ao nível da Região passe a ser conhecida por ilha, caso seja aplicável.
No entanto, gostaria de ressalvar que o portefólio atual do SREA é vasto, ou seja, o nosso “raio-x” permite fazer uma série de diagnósticos em inúmeras áreas de enorme interesse para os Açores.

A contínua evolução das tecnologias facilita a vossa missão? Como se tem adaptado o SREA à contínua evolução das ferramentas disponíveis?
O SREA, à semelhança da sociedade em geral, tem sabido aproveitar as tecnologias disponíveis a cada momento para melhorar e otimizar a sua atividade. Note-se que há algumas décadas, nos primórdios do SREA, muitas respostas eram solicitadas por carta, o que era bastante moroso e de difícil acompanhamento; atualmente, os respondentes podem fazer uso de plataformas informáticas, onde não apenas recebem os nossos pedidos na hora, mas também a sua resposta chega imediatamente ao SREA. Todo este processo de informatização permitiu que, ao longo do tempo, as divulgações estatísticas passassem a ser muito mais céleres face ao período a que respeitam. Além disso, internamente temos utilizado cada vez mais ferramentas diversas para otimizar validações e a elaboração de destaques, entre outros, permitindo ou libertar tempo para outro tipo de atividades, ou tentar compensar a já mencionada diminuição de recursos humanos. Por fim, mas não menos importante, o SREA encontra-se a executar o projeto ‘Estatística mais acessível’, no âmbito do PRR-Açores, o qual já permitiu desenvolver e implementar um novo Data Warehouse, bem como tenciona-se, até ao final deste ano, restruturar o Portal do SREA, de forma a torná-lo mais intuitivo e acessível – esta é mais uma atualização tecnológica que certamente contribuirá para um melhor serviço prestado pelo SREA junto de quem nos procura.

Que desafios prioriza para uma maior excelência do SREA?
A excelência de um qualquer organismo deve-se à excelência dos seus trabalhadores, pelo que a qualidade do trabalhado efetuado pelo SREA, e que lhe é reconhecida, deve-se à competência, enormededicação e contributo inestimável dos seus trabalhadores para que o SREA cumpra a sua missão. Esse é o primeiro grande desafio: que o SREA veja reforçado o seu mapa de pessoal com novos trabalhadores que possam ainda aprender com o elevado conhecimento acumulado dos que, merecidamente, se vão aposentar a curto-prazo. Outro desafio passa pela transformação do SREA em instituto público regional, pois isso permitirá reforçar ainda mais a independência do SREA, um dos pilares da atuação deste serviço.

Passados 45 anos pode dizer-se que o SREA está bem e recomenda-se?
Este serviço, ao longo da sua existência, tem o mérito de ter criado a marca SREA, sinónimo de rigor, fiabilidade e confiança, que permite que os açorianos, e não só, percebam melhor o que se passa na Região através das estatísticas.É natural que haja vários desafios que continuam a surgir, mas o passado mostra que o SREA foi sempre capaz de os ultrapassar. Assim, pode dizer-se que o SREA tem um enorme orgulho no serviço que presta aos Açores, ambicionamos fazer mais e melhor, para que venham muitos mais anos de conquistas deste serviço, em prol da sociedade.

e a sociedade em geral para a tomada de importantes decisões que afetam a nossa vida.
Em suma, a relevância da estatística para todos nós é inequívoca, tal como é a importância das estatísticas oficiais produzidas pelo SREA no contexto açoriano.

Como classifica a procura ao serviço prestado pelo SREA?
O SREA tem sido, ao longo dos anos, cada vez mais procurado. Como digo sempre, o SREA atua como um “aparelho raio-x” na Região, ao permitir fazer uma radiografia socioeconómica através das estatísticas, e este “raio-x” tem estado a trabalhar cada vez mais intensamente. Em particular, temos registado mais acessos aos nossos canais de divulgação (portal e redes sociais) e mais pedidos de informação, bem como uma maior visibilidade das estatísticas produzidas pelo SREA junto da comunicação social. Isto não só é motivo de orgulho para os trabalhadores do SREA, mas também demonstra a confiança que a sociedade tem no nosso serviço.

A elaboração de estatísticas subentende a colaboração e parceria com inúmeros serviços, organismos e entidades e empresas. Como funciona e qual tem sido a qualidade dessa colaboração?
Para melhor responder, vale a pena enquadrar formalmente o SREA, ao abrigo da Lei do Sistema Estatístico Nacional: este é um serviço com um duplo estatuto, designadamente funciona como Autoridade Estatística Regional, para as estatísticas oficiais de interesse exclusivo da Região Autónoma dos Açores, e como delegação do Instituto Nacional de Estatística (INE), para as estatísticas oficiais de âmbito nacional. Assim, enquanto autoridade estatística, o SREA pode exigir o fornecimento, com carácter obrigatório e gratuito, a todos os serviços ou organismos, pessoas singulares e coletivas, de quaisquer elementos necessários à produção de estatísticas oficiais. No entanto, o SREA não só sensibiliza os respondentes para a importância das estatísticas, mas também procuramos demonstrar como esses mesmos respondentes podem fazer bom uso da informação produzida pelo SREA em proveito próprio.
Deste modo, temos uma muito boa relação com os diversos organismos públicos com quem interagimos, a nível regional e nacional, bem como as empresas e os cidadãos compreendem o porquê do esforço que fazem para nos fornecerem dados – a todos eles transmito um agradecimento público, porque “sem ovos não se fazem omeletes”, pois é graças a essas colaborações que o SREA consegue produzir estatísticas oficiais sobre os Açores.

O SREA já cobre todas as áreas de interesse pertinentes ou pretende alargar a cobertura estatística. Se sim, que passos se prevê dar?
Nós no SREA queremos sempre fazer mais e dar um contributo cada vez maior à sociedade. Contudo, temos de ter sempre em conta os recursos disponíveis, nomeadamente os humanos, os quais têm vindo a diminuir nos últimos anos. Ainda assim, gostaríamos de desenvolver estudos com vista à produção de novas estatísticas regionais, em particular um Índice de Preços de Produtos Agrícolas (primeira venda) e um Índice de Preços dos Fatores de Produção Agrícolas. Ademais, estamos a desenvolver esforços para divulgar nova informação estatística na área da educação. Por outro lado, das áreas que já cobrimos, gostaríamos de passar a desagregar ainda mais a informação, por exemplo, tentar que alguma informação que só existe ao nível da Região passe a ser conhecida por ilha, caso seja aplicável.
No entanto, gostaria de ressalvar que o portefólio atual do SREA é vasto, ou seja, o nosso “raio-x” permite fazer uma série de diagnósticos em inúmeras áreas de enorme interesse para os Açores.

A contínua evolução das tecnologias facilita a vossa missão? Como se tem adaptado o SREA à contínua evolução das ferramentas disponíveis?
O SREA, à semelhança da sociedade em geral, tem sabido aproveitar as tecnologias disponíveis a cada momento para melhorar e otimizar a sua atividade. Note-se que há algumas décadas, nos primórdios do SREA, muitas respostas eram solicitadas por carta, o que era bastante moroso e de difícil acompanhamento; atualmente, os respondentes podem fazer uso de plataformas informáticas, onde não apenas recebem os nossos pedidos na hora, mas também a sua resposta chega imediatamente ao SREA. Todo este processo de informatização permitiu que, ao longo do tempo, as divulgações estatísticas passassem a ser muito mais céleres face ao período a que respeitam. Além disso, internamente temos utilizado cada vez mais ferramentas diversas para otimizar validações e a elaboração de destaques, entre outros, permitindo ou libertar tempo para outro tipo de atividades, ou tentar compensar a já mencionada diminuição de recursos humanos. Por fim, mas não menos importante, o SREA encontra-se a executar o projeto ‘Estatística mais acessível’, no âmbito do PRR-Açores, o qual já permitiu desenvolver e implementar um novo Data Warehouse, bem como tenciona-se, até ao final deste ano, restruturar o Portal do SREA, de forma a torná-lo mais intuitivo e acessível – esta é mais uma atualização tecnológica que certamente contribuirá para um melhor serviço prestado pelo SREA junto de quem nos procura.

Que desafios prioriza para uma maior excelência do SREA?
A excelência de um qualquer organismo deve-se à excelência dos seus trabalhadores, pelo que a qualidade do trabalhado efetuado pelo SREA, e que lhe é reconhecida, deve-se à competência, enormededicação e contributo inestimável dos seus trabalhadores para que o SREA cumpra a sua missão. Esse é o primeiro grande desafio: que o SREA veja reforçado o seu mapa de pessoal com novos trabalhadores que possam ainda aprender com o elevado conhecimento acumulado dos que, merecidamente, se vão aposentar a curto-prazo. Outro desafio passa pela transformação do SREA em instituto público regional, pois isso permitirá reforçar ainda mais a independência do SREA, um dos pilares da atuação deste serviço.

Passados 45 anos pode dizer-se que o SREA está bem e recomenda-se?
Este serviço, ao longo da sua existência, tem o mérito de ter criado a marca SREA, sinónimo de rigor, fiabilidade e confiança, que permite que os açorianos, e não só, percebam melhor o que se passa na Região através das estatísticas.É natural que haja vários desafios que continuam a surgir, mas o passado mostra que o SREA foi sempre capaz de os ultrapassar. Assim, pode dizer-se que o SREA tem um enorme orgulho no serviço que presta aos Açores, ambicionamos fazer mais e melhor, para que venham muitos mais anos de conquistas deste serviço, em prol da sociedade.

por Rui Leite Melo

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