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Plantas invasoras uma praga nos Açores

Começo por declarar que não sou Biólogo, nem tenho nenhuma especialidade técnica relacionada com as plantas invasoras, sou simplesmente um açoriano, um furnense que nasceu na boca de um vulcão que favoreceu a natureza e muita e variadas qualidades de água, a que acresce ter tido a felicidade de ter crescido com algumas das plantas endémicas dos açores. Ora tal limitação de não dispor de formação técnica nesta área, não me limita ao ponto de não me pronunciar sobre este problema grave nos Açores, que são as plantas invasoras, até porque como utilizador da nossa terra, na qualidade de proprietário de matas, pequenos pomares e de quintais, sou todos os dias confrontado com os malefícios provocados pelas invasoras, e os prejuízos que daí advêm. Mas mais importante do que o meu problema particular, o que mais me importa são os Açores, e não é necessário ser um cientista para chegar à conclusão que as plantas invasoras nos Açores são cada vez mais, mais agressivas e estão a ocupar cada vez mais área terrestre, e não fora em primeiro lugar os agricultores e lavradores açorianos, os proprietários de jardins e os poderes públicos nas áreas protegidas, a dimensão deste problema já tinha tomado conta do território na totalidade das nossas ilhas.
Ainda hoje, o Professor Raimundo Quintal, numa oportuna publicação que fez, refere que na Madeira “O Avanço das Plantas Invasoras na Laurissilva é Assustador”, a que eu acrescento “e nos Açores também, com prejuízo da nossa já debilitada natureza endêmica, mas também com enormes prejuízos económicos”. Nenhum turista com interesse vem para os Açores para ver: silvas, conteiras, gigantes, incensos, algas malcheirosas, silva-mansa, ricino, etc, etc, etc. Aliás, a frequência com que são detectadas novas espécies de plantas invasoras e como se alastram no nosso limitado território é deveras assustador.
A situação é de tal forma grave que entre nós existem técnicos e pessoas com grande sensibilidade que afirmam que o controlo ao aparecimento de novas espécies invasoras e ao progresso das invasoras já existentes no nosso território dos Açores é uma batalha perdida, mas o pior que nos pode acontecer é desistir de lutar e de defender a nossa natureza e o nosso meio ambiente. Neste sentido, o Governo dos Açores, as Autarquias, as Organizações do Ambiente, os Agricultores, a Universidade dos Açores, os Açorianos, que apesar de tudo ainda existem alguns, devem congregar esforços para defender o nosso património natural e aproveitarem os diagnósticos já realizados e até algumas experiências feitas nos Açores de combate às invasoras, é certo e sabido que não colocar este tema na prioridade das prioridades da nossa ação vai ter um efeito muito grave na Região Autónoma dos Açores.

Gualter Furtado

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