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Presidente do Governo destaca resultados alcançados em várias áreas de governação, IL e Chega falam do endividamento

O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, destacou ontem, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, a importância do recente ato eleitoral autárquico como “mais um momento” da democracia portuguesa e açoriana feito “pela vontade do Povo”.
“O povo decidiu. Está decidido. Vida longa à Democracia e ao Poder Local”, afirmou o governante, agradecendo a todos os que participaram no processo eleitoral, desde os que integraram listas de candidatura até aos que asseguraram o funcionamento das eleições.
O líder do executivo açoriano sublinhou o valor da participação cívica, afirmando que “a democracia se faz com o envolvimento de todos”, e elogiou os açorianos pela forma ordeira e responsável como exerceram o seu direito de voto.
Referindo-se aos resultados, destacou que o projecto político que governa os Açores alcançou “o maior número de municípios e de juntas de freguesia”, o que permite liderar a AMRAA e a Delegação Regional da ANAFRE. Ainda assim, frisou que tal “é uma responsabilidade para continuar a trabalhar com todos e para todos”.
José Manuel Bolieiro deixou claro que o Governo dos Açores “não participa na dialéctica de quem ganhou e de quem perdeu”, sublinhando que essa análise cabe aos partidos, e reafirmou o compromisso de “trabalhar com zelo e imparcialidade com todos os autarcas, em prol do desenvolvimento dos Açores inteiros, de cada concelho e de cada freguesia”.
O Presidente do Governo dos Açores destacou ainda os resultados alcançados em várias áreas de governação: na saúde, a arrancar, lembrou que se realizaram “mais 35% de atos médicos do que em 2019” e que a cobertura de médico de família aumentou para 91%.
Na educação, destacou o marco histórico de 2025, ano em que “os alunos açorianos superaram a média nacional nos exames nacionais”. No emprego, referiu que a taxa de desemprego atingiu 3,9%, “a mais baixa desde 2007”, e que o rendimento médio dos trabalhadores cresceu 26% desde 2019.
O governante salientou também os progressos sociais, nomeadamente a redução de mais de 60% dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção e o aumento do Complemento Regional de Pensão, que “mais do que duplicou desde 2020”.
“Os Açores estão melhores. Melhor na saúde, na educação, no apoio aos idosos e às crianças, na habitação, no emprego, na economia e no rendimento das famílias”, afirmou.
Concluindo, José Manuel Bolieiro apelou à continuidade do esforço colectivo e à confiança no futuro, destacando: “o nosso compromisso tem de ser trabalhar todos os dias para que os Açores sejam referência em qualidade de vida, justiça social e oportunidades para os jovens”.
O líder açoriano terminou felicitando os autarcas eleitos e reafirmando o compromisso de “cumprir juntos o desafio do progresso dos Açores, todos e com todos, sem que ninguém fique para trás”.
Nuno Barata diz que legado
de Bolieiro “só vai deixar dívida
para pagar”

O deputado da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, criticou, esta terça-feira, o Presidente do Governo Regional pelas “sucessivas trapalhadas” da sua governação e pelo legado que deixará, “não de progresso, de desenvolvimento e de bem-estar social”, mas “um legado de dívida para pagar”.
Intervindo no plenário da Assembleia Legislativa da Região, na sequência da comunicação do Presidente do Governo aos deputados, Nuno Barata advertiu que “trapalhadas” da coligação PSD/CDS/PPM estão, inclusivamente, a colocar “a Autonomia em perigo”, assim como em “perigo de sobrevivência” estão entidades como a Azores Airlines.
“Nunca na história da Autonomia tivemos tão mergulhados em dívida como estamos hoje. Temos, inclusivamente, a Autonomia dos Açores em perigo porque o Governo Regional passa a vida com a mão estendida a Portugal. Temos em perigo a sobrevivência de instituições importantíssimas para o futuro dos Açores e dos Açorianos, como é o caso da Azores Airlines”, afirmou o parlamentar.
Para o deputado do IL, “o Governo das sucessivas trapalhadas foi incapaz de resolver o problema da Azores Airlines que tinha entre mãos desde 2020. E essa incapacidade, esta incompetência do Governo já nos levou a acumular centenas de milhões de euros de dívida, que todos os açorianos vão ter de pagar”.
“O seu legado, Sr. Presidente do Governo, é um legado de trapalhadas. É um legado de problemas. Foi passando entre os pingos da chuva, V. Excelência, e continua a tentar passar entre os pingos da chuva. Mas eu tenho pena de dizer aos açorianos, que o legado que V. Excelência vai deixar não vai ser um legado de progresso, de desenvolvimento e de bem-estar social. Vai ser um legado de dívida para pagar”, criticou.
Sobre os resultados das eleições autárquicas do passado domingo, Nuno Barata afirmou que “o PSD perdeu a maioria naquela que até hoje foi sempre apelidada de jóia da coroa das autarquias açorianas para o PSD, Ponta da Delgada, pelo legado de trapalhadas que V. Excelência, deixou naquela Câmara Municipal”, acrescentando que “ninguém tem dúvidas que o processo do Mercado da Graça contribuiu para o mau resultado eleitoral de Pedro Nascimento Cabral” (…) “legado da gestão de José Manuel Bolieiro na Câmara de Ponta da Delgada. Alguém tem dúvidas que o mau resultado de Pedro Nascimento Cabral também é uma consequência da gestão desastrosa do processo Azores Park, em que a Câmara Municipal de Ponta da Delgada teve de comprar um terreno onde estava instalado o seu parque de máquinas? De quem é o legado? De José Manuel Bolieiro, quando era Presidente da Câmara”, finalizou.

Chega acusa Governo de” viver
na ilusão do cartão de crédito”

Foi uma descrição “bonita e floreada” do estado da Região, por parte do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, que até devia prestar contas ao Parlamento mais frequentemente. Quem o disse foi o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, que referiu que o destaque do Presidente do Governo Regional às eleições autárquicas do passado domingo, deveria ter sido acompanhado de uma justificação da retirada de seis milhões de euros do sector agrícola, destinados aos caminhos agrícolas, para transitar para o poder local. “Ao retirar dos caminhos agrícolas, os novos presidentes de junta vão ter lama à porta das juntas, porque os caminhos agrícolas estão péssimos”, referiu.
No entanto, recordou José Pacheco, os seis milhões acabaram devolvidos à agricultura, mas penalizando o sector das pescas – de onde foi retirado o mesmo valor. “Não acham muita coincidência que seis milhões de euros tenham sido destinados ao poder local em período autárquico?”, questionou José Pacheco que acrescentou que “o povo tem os olhos abertos, agora se se vende por uma lata de tinta já é outra conversa”.
José Pacheco lamentou também que o Presidente do Governo Regional não tivesse abordado o tema da SATA – que significa “mais 40 milhões de euros para o povo pagar” – nem mesmo a baixa dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção.
“Esqueceu-se também do «cheque pequenino», e que se não fosse o Chega nada tinha aumentado. Tal como o apoio à natalidade, que foi uma medida implementada pelo Chega no Orçamento da Região”, lembrou José Pacheco.
O líder parlamentar acusou também José Manuel Bolieiro de esquecer o cheque saúde, “que foi aprovado neste Parlamento, mas ainda não foi implementado”.
Afirmando que o povo está cansado, José Pacheco acusou o Governo de não reconhecer que a Região está endividada e com empresas falidas. “Não podemos continuar a viver na ilusão. Este Governo continua a viver do cartão de crédito, mas o plafond está a chegar ao fim”, alertou José Pacheco.

Pedro Pinto destaca “legado
virtuoso” da coligação

Por sua vez, o deputado do CDS-PP/Açores, Pedro Pinto, enalteceu o “legado virtuoso da coligação” que governa os Açores desde 2020 e que “tem transformado positivamente a vida das famílias, das crianças e dos idosos açorianos”.
“A governação desta coligação já tem um legado e é um legado virtuoso do tanto que já fizemos pelas pessoas”, afirmou. “Os açorianos sentem isso diariamente — seja porque têm mais vagas em creches gratuitas, seja porque os nossos idosos têm mais dinheiro para comprar medicamentos ou um complemento maior nas pensões mínimas. Isto é já o legado desta coligação”, acrescentou.
Pedro Pinto destacou que os resultados alcançados “não são apenas números, mas direitos sociais concretos que os açorianos hoje reconhecem como seus”, felicitando o percurso governativo conjunto dos três partidos da coligação, PSD, CDS-PP e PPM, “que se uniram por um objectivo claro.”
Relativamente ao recente ato eleitoral, o deputado do CDS-PP/Açores realçou o carácter democrático e plural das eleições autárquicas do passado domingo, considerando que representam “a verdadeira festa da democracia”.
“Quero saudar todos aqueles que foram candidatos, fossem em partidos, em coligações de partidos ou em listas de cidadãos independentes, porque as eleições autárquicas são a verdadeira festa da democracia”, afirmou, sublinhando que “no passado, nem todos se sentiam livres para participar”.
O deputado lembrou que “desde 2020, os açorianos mudaram o regime político nos Açores e quiseram que deixasse de haver uma maioria absoluta de um só partido, passando a haver uma coligação de vários partidos. Hoje há mais pluralidade política, mais pluralidade democrática e mais liberdade.”
Nas candidaturas em que o CDS-PP/Açores fez parte, em coligação, o deputado sublinhou que o partido “somou, acrescentou valor e contribuiu decisivamente para vitórias eleitorais que reforçam o projecto político comum e a confiança dos açorianos neste caminho de governação partilhada”.
Pedro Pinto destacou ainda o excelente resultado obtido no concelho das Velas, onde o CDS-PP reforçou a sua presença, conquistando mais uma junta de freguesia e renovando a liderança da Câmara e da Assembleia Municipais.
O deputado realçou igualmente “o resultado honroso alcançado pelo partido em Santa Cruz das Flores”, sublinhando que “estes exemplos demonstram a força e a relevância do CDS-PP no quadro político açoriano”.

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