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Peixes do meu quintal – A disciplina como escolha

Passadas as eleições autárquicas onde, curiosamente, todos cantaram vitória por este ou aquele atalho ideológico, poderemos começar a pensar mais seriamente nas presidenciais de Janeiro próximo ou seja, 2026.
Se nestas autárquicas, a sabedoria popular fez-se pender para a moderação social-democrata, dando aos partidos que formam a coligação do atual governo uma clara vitória democrática, já as presidenciais deveriam ser apartidárias e sem nenhum cariz ideológico. No entanto, todos os atuais candidatos ao cargo de presidente da República representam o partido que o apoia e que põe toda a máquina, todo o dinheiro e todo o esforço por de trás dessa pessoa. Exceção feita a um dos candidatos que, desde a sua anunciada candidatura, esteve sempre em avanço perante os restantes. Independente, quis sempre demonstrar – ou tenta – que o atual sistema partidário corporativo já não serve ao país por se ter envolvido num espesso casulo impenetrável e contra tudo que não seja cúmplice. Os resultados estão à mostra, através do cansaço popular de serem sempre os mesmos a pulularem de tacho em tacho cada vez maior e de, em nome do povo, alegarem que estão a dar ‘as suas vidas’ em prol do bem-estar da nação, embora sejam eles que usufruem de todas as regalias inerentes aos cargos e esqueçam o povo nos dias que se seguem às respetivas eleições e retomem as rotinas da inoperância, do conluio partidário, alimentando os vícios do sistema que nunca muda, a menos que o povo ignore a sua manipulação de massas.
Da esquerda à direita ideológica, todos desejam comandar o comboio dos privilégios e serem o rei da corte de Belém. Um reizinho que tem uma corte de cozinheiros, choferes, assessores diretos e indiretos, secretárias e secretários, casa militar e casa civil, carros de alta gama, viagens multinacionais, comida pronta e servida à mesa, cama feita e lavada todos os dias do ano, criados e criadas para terem as vestes sempre prontas, enfim, remetemos o leitor para a neblina constante no Decreto-Lei n.º 28-A/96, de 4 de abril.
“A Casa Civil é constituída pelo chefe da Casa Civil, 12 assessores, 4 adjuntos e 15 secretários, dos quais dois são secretários pessoais do chefe da Casa Civil.
A Casa Civil dispõe de um corpo de consultores constituído por especialistas em diversas matérias.
A Casa Civil dispõe ainda de um núcleo de apoio administrativo constituído por pessoal destacado da Secretaria-Geral.
A Casa Militar é constituída pelo chefe da Casa Militar, três assessores e três ajudantes-de-campo, todos oficiais das Forças Armadas.
Integram ainda a Casa Militar quatro secretários, dos quais um é secretário pessoal do chefe da Casa Militar.
A Casa Militar dispõe de um ou mais funcionários administrativos destacados da Secretaria-Geral.
Não vou descrever as centenas de funcionários que dependem e estão ao serviço da presidência da república. De resto, nunca foram divulgados números exatos sobre os gastos da corte presidencial. São de milhões anuais, certamente, mas isso não é divulgado de forma simples. Temos de ler os extensos e complexos textos em língua jurídica muito nebulada.
Com tantos militares em cargos na presidência da república, porque gritam alguns candidatos sobre o facto de um candidato ser militar e oficial superior? Qual o medo?

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