A venda de cimento na Região Autónoma dos Açores (RAA) totalizou 127.550 toneladas entre janeiro e novembro de 2025, revelou o Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).
Trata-se de uma variação praticamente nula face ao período homólogo de 2024 (127.682 toneladas, menos 132 toneladas, equivalente a -0,1%). Apesar da estabilidade no acumulado, o comportamento mensal mostra oscilações relevantes: julho foi o pico de 2025, com 14.737 toneladas, e novembro acelerou para 11.917 toneladas, mais 23,8% do que no mesmo mês do ano passado.
A geografia do consumo mudou dentro do arquipélago. São Miguel continua a concentrar a maior fatia, com 70.351 toneladas no acumulado (55,2% do total regional), mas recua 8,4% face a 2024.
No sentido inverso, a Terceira sobe para 24.464 toneladas (+14,3%), São Jorge cresce para 7.084 toneladas (+46,5%) e o Faial avança para 7.732 toneladas (+25,6%). Entre as que mais descem estão Santa Maria (5.090 toneladas, -14,9%) e a Graciosa (2.086 toneladas, -25,0%).
O mês de novembro ilustra bem esta redistribuição: a Terceira aumentou 57,2% (de 1.730 para 2.720 toneladas) e o Faial mais do que duplicou (+121,8%, de 330 para 732 toneladas), enquanto a Graciosa caiu 64,8% (de 381 para 134 toneladas) e Santa Maria baixou 10,8% (de 315 para 281 toneladas).
Pela origem do cimento vendido, o acumulado de 2025 revela maior peso da produção local: 117.511 toneladas até novembro (cerca de 92,1% do total), com importações do Continente a somarem 10.039 toneladas (7,9%). No período homólogo, as importações tinham um peso superior (11.710 toneladas, cerca de 9,2%), sugerindo menor dependência externa no acumulado de 2025.
Ainda assim, em novembro a importação ganhou expressão: 1.814 toneladas chegaram do Continente (15,2% do total mensal), com a Terceira a concentrar praticamente todo esse volume (1.754 toneladas) e o Faial a registar 60 toneladas.
