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Gastamos mais nos transportes e menos em restaurantes e alojamento – Famílias açorianas têm despesa média anual de 19.400 Euros

De acordo com os resultados definitivos do Inquérito às Despesas das Famílias 2022/2023, que refletem ajustamentos face aos dados provisórios divulgados em dezembro de 2023, a despesa anual média dos agregados familiares foi, em 2022/2023, de 23 900 euros, revelou ontem o INE.
Cerca de 2/3 da despesa média das famílias concentrou-se em encargos associados à habitação (39,3%), à alimentação (12,9%) e aos transportes (12,1%).

Açores afasta-se da média
nacional

À escala das regiões NUTS II, a despesa anual média foi mais elevada na Área Metropolitana de Lisboa (26 891 euros), mas também o Algarve superou a média nacional. Pelo contrário, a despesa média regional mais baixa foi observada na Região Autónoma dos Açores (19 431 euros), que também apresenta o perfil regional de despesa mais distante da média nacional.
Tomando como referência as 13 divisões da COICOP-2018 (Classificação do Consumo Individual por Objetivo), verifica-se que as famílias residentes na Região Autónoma dos Açores apresentaram o perfil de consumo que mais se afasta da média nacional, dada a maior importância relativa das despesas com transportes (14,3%, que compara com a média nacional de 12,1%), por contrapartida da menor importância das despesas com restaurantes e alojamento (5,1% na Região Autónoma dos Açores e 8,6% para o conjunto do país).
Também o Alentejo e, com menor expressão, a Área Metropolitana de Lisboa se distanciaram da média nacional, sobretudo por via do peso das despesas em habitação – menor do que a média nacional, no caso do Alentejo (33,4% face aos 39,3% de média nacional), e maior do que a média nacional, no caso da Área Metropolitana de Lisboa (43,8%).
No Algarve e na Região Autónoma da Madeira, destacam-se ainda comportamentos diferentes no que respeita às despesas com alimentação, que assumiram, no total da despesa média das famílias, maior (14,2%) e menor peso (11,6%), respetivamente, do que a média nacional (12,9%).

Mais ricos gastam mais

Considerando a despesa média dos agregados por classes de rendimento total por adulto equivalente, observase que os agregados do 1º quintil (20% com menores rendimentos) apresentavam um valor de despesa (16 294 euros) equivalente a 68% da despesa média total (23 900 euros).
No outro extremo, os agregados com rendimento equivalente correspondente ao 5º quintil (20% com maiores rendimentos) registavam uma despesa média total superior à média nacional em cerca de 46% (34 994 euros).
Tal significa que as famílias pertencentes ao último quintil de rendimento gastaram mais do dobro dos agregados familiares integrados no primeiro quintil de rendimento.
Por regiões, a desigualdade da despesa média anual entre os agregados pertencentes ao primeiro e ao último quintil era mais significativa na Região Autónoma dos Açores (em média, os 20% de agregados com mais recursos gastavam o equivalente a 2,3 vezes os gastos dos agregados com menores recursos), sendo o Algarve a região em que verificava uma desigualdade mais reduzida (1,7) entre o nível de despesa média daqueles com maiores e menores recursos.
Os resultados sugerem que, atendendo à composição familiar, os agregados com crianças dependentes gastaram em média, mais 9 731 euros do que as famílias sem crianças dependentes, o que se traduz numa despesa mensal média superior em 811 euros.

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