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Bispo considera que Igreja contribui para a coesão regional devido à presença em todas as ilhas

O bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, considerou que a Igreja tem dado um dos maiores contributos para a “promoção da coesão” regional devido à sua presença em todas as ilhas.
Na homilia por ocasião dos 490 anos da diocese de Angra, na ilha Terceira, Armando Esteves Domingues afirmou que a Igreja “tem sido a força motriz da fé que une os açorianos”.
”E podemos dizê-lo com propriedade, um dos maiores contributos para a promoção da própria coesão da Região Autónoma, dada a sua presença capilar em cada canto do arquipélago”, afirmou.
O bispo convocou “a diocese inteira, todos e cada um, para pensar juntos um projeto de pastoral para estes próximos 10 anos”.
Para Armando Esteves Domingues, a Igreja tem “uma missão terapêutica e profética no mundo”, uma vez que “é um sacramento, um símbolo e instrumento da unidade de toda a humanidade”, que deve ser “plural, isto é, sinodal, dialogada e não imposta, para poder perdurar”.
De acordo com o responsável pela diocese de Angra, “sem o amor e atitude de Cristo, pouco valem os diálogos, as opiniões, discussões, orientações e até planificações muito bem feitas”.
“Seremos mundanos. O outro continuará a ser visto como adversário e as suas propostas condenadas sem serem ouvidas ou lidas. A Igreja não é uma empresa ou um partido. A Igreja é um povo. O povo de Deus a caminho. A sua razão de existir não consiste em gerir estruturas, burocracias ou poderes. Tão pouco é para conquistar e defender o seu próprio prestígio e espaço no mundo”, afirmou.
Armando Esteves Domingues pediu que se saiba “transmitir vida, que é um sinal de esperança, para pessoas que experimentam diferentes formas de sofrimento, para os presos, para os doentes e suas famílias, para os jovens sem esperança”, para os exilados, refugiados e deslocados, para os idosos que experimentam a solidão, para todos os pobres”.
Segundo o sítio Igreja Açores, a diocese de Angra foi criada pelo Papa Paulo III, por meio da Bula Aequum Reputamus, de 03 de novembro de 1534, autonomizando-se da diocese do Funchal, na Madeira, de que era sufragânea.
A diocese foi gerida por 40 bispos, sendo que dois deles são naturais dos Açores.
Está dividida territorialmente em 17 ouvidorias, sendo que as ilhas de São Miguel (8) e Terceira(2) têm mais do que uma ouvidoria

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