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IDEIAS HÁ MUITAS

Flotilhas e aviões

Flottiglia buffa. Previsível: a flotilha humanitária a caminho de Gaza foi intercetada pelo exército israelita. Arrumadinhos, os ativistas a bordo seguiram um protocolo previamente acordado de gravar um vídeo e, em seguida, atirar ao mar os seus telemóveis. A decisão, segundo os próprios, visava proteger os contactos e dados sensíveis de possíveis apreensões. Um gesto simbólico de resistência, mas também de precaução — num mundo onde a informação é poder, preservar a privacidade tornou-se uma forma de defesa.
A crónica da flotilha resume-se a uma crónica de enredos ideológicos, personagens estereotipados, e com um final provavelmente feliz, qual conceito de ópera bufa napolitana, e cujos tópicos serviram para encher páginas de jornal e consumir horas preciosas das nossas vidas. O impacto que essa gente provocou no ambiente marinho do Mediterrâneo é de lamentar. Em nome de uma justiça onírica, Greta e Mariana sacrificaram valores ecológicos e de preservação do meio ambiente. A troco de quê?
SATA. O que fazer com ela, é a pergunta de muitos cidadãos. E parece que já tudo se disse. O tema e os subtópicos tornaram-se ao longo dos anos um assunto de que já não se pode ouvir mais. No entanto, o problema está aí, qual Pandora Box a céu aberto.
Já sabemos que é preciso um diálogo construtivo entre as partes; uma reestruturação profunda com foco na sustentabilidade financeira, eficiência operacional e valorização regional; otimização de rotas, modernização da frota, vendas a bordo e melhoria da pontualidade; privatizar o handling, melhorar a experiência do passageiro e explorar sinergias com outras companhias. Enfim, um rosário de enredos e problemas sucessivamente adiados desde os tempos de Vitor Fraga e Vasco Cordeiro.
No entanto, se sabemos tudo isto há mais ou menos uma década, por que motivo não se contratou, em tempos mais recentes, uma equipa profissional internacional de gestão, mesmo que paga a peso de ouro, para higienizar as contas, rentabilizar os recursos e colocar a companhia na rota certa num prazo médio? Ou será que temos uma propensão para a procrastinação?

Luís Soares Almeida

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