Serão quatro os workshops da plataforma EDGE integrados na programação do Tremor 2024. Este é um programa que pretende criar espaço para a troca de experiências na área da música e organização de eventos, gratuito e aberto a não portadores de bilhetes do festival. Para esta edição, alinham-se propostas na área da sustentabilidade, produção musical, criação comunitária e DJing.
Orientado por Nikoletta Polydorou, a primeira proposta para dia 18 de Março é um workshop de música comunitária, onde os participantes vão receber formação sobre a forma como a música pode ser uma ferramenta de inclusão e integração de crianças e jovens com menos oportunidades. No mesmo dia, os artistas multidisciplinares Pura Márquez, Nestor Torrens e Simone Marin, organizadores do Festival KEROXEN, apresentarão Reciclagem, Sustentabilidade e Integração da Agricultura como Arte: Reimaginando um Festival Cultural, um workshop que explorará o universo do KEROXEN, mostrando como este projecto conseguiu envolver diferentes movimentos culturais, tornando-se um agente de mudança que, tendo a música como elo, pretende inspirar à experimentação de estilos e à convivência entre artistas.
Nos dias 16 e 17 de Março, o colectivo All Hands On Deck orientará um workshop de iniciação ao djing vocacionado para mulheres, trans e pessoas não-binárias. O mesmo abordará assuntos como: organização de bibliotecas de música, beatmatching e mistura de música eletrónica.
Por último, nos dias 6 e 7 de Abril é a vez do colectivo ondamarela regressar aos Açores para um workshop intensivo de exploração musical colaborativa, dirigido a agentes musicais e sociais que trabalham com comunidades. As competências musicais serão desenvolvidas na sua relação com as competências de liderança, comunicação e colaboração, criatividade e processos de ensino e aprendizagem.
As inscrições são gratuitas para todos os workshops e podem ser feitas através do site do EDGE.
Unindo três festivais – o açoriano Tremor, o canário Keroxen e o cipriota Fengaros, EDGE é uma plataforma que mistura diferentes culturas, géneros musicais, temas de discussão e preocupações ambientais, para despoletar o debate e colaboração constantes entre os seus membros. A rede tem como principal objectivo o desenvolvimento de que promovam a circulação de artistas oriundos destes territórios, assim como a implementação de directrizes ambientais que possam contribuir para acções ao nível local e global.