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Açores gostariam dos voos domésticos na Portela

A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas manifestou satisfação com a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa, cuja resolução “estava emperrada”, representando “um grande estrangulamento” para os Açores e para a Madeira.
“Acima de tudo, fico muito satisfeita que se tenha tomado já a decisão, porque o principal é tomar uma decisão que estava emperrada quase há uma dezena de anos”, sublinhou Berta Cabral, em declarações aos jornalistas, em Ponta Delgada.
A governante falava à margem da cerimónia de abertura do seminário “Excelência e Sustentabilidade no Turismo | Criando experiências, superando expectativas”, na Universidade dos Açores.
“Fico satisfeita que se tenha tomado a decisão. Era um grande estrangulamento para os Açores e para a Madeira que não têm outra forma de sair nem de chegar aqui, não há ferrovias, nem autocarros nem comboios”, disse.
Questionada a comentar a decisão anunciada na Terça-feira pelo Primeiro-ministro, a titular pela pasta do Turismo nos Açores disse que, embora Alcochete seja “uma localidade um pouco mais afastada do que a Portela”, as acessibilidades que estão já construídas dão “garantia de uma rapidez de percurso”.
“Decidir é fundamental, porque não há localizações óptimas, nem localizações que vão agradar a todos”, vincou Berta Cabral, lembrando que a decisão foi tomada seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).

Domésticos
na Portela

Alcochete é, neste momento, “o local que tem melhores acessos em relação a Lisboa e neste aspecto digamos que estamos satisfeitos”, acrescentou ainda a Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
Por outro lado, Berta Cabral defendeu “os voos domésticos deveriam continuar na Portela”, até porque a nova infraestrutura só ficará pronta dentro de “alguns anos”.
“O que eu gostaria mesmo é que os voos domésticos continuassem na Portela e até fazendo jus a uma continuidade territorial nacional, onde os Açores e a Madeira têm que ter essa solidariedade nacional. Se no dia em que considerarmos que por qualquer circunstância já não é o desejável estaremos sempre abertos a novas soluções”, concluiu.

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