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Celebrações passam para o salão paroquial

Tecto da igreja da Ribeirinha com “danos irreparáveis”

As celebrações litúrgicas na paróquia do Santíssimo Salvador do Mundo, na Ribeirinha, ouvidoria da Ribeira Grande, passaram a ter lugar desde ontem, quinta-feira, no salão paroquial da Ribeirinha, até ficar concluída a obra de reparação e conservação da cobertura e tecto da sgreja.
A decisão foi tomada por “precaução” e assenta em pareceres técnicos do Laboratório de Engenharia Civil dos Açores e do Gabinete de Protecção Civil da autarquia da Ribeira Grande, nos últimos dias, depois das chuvas intensas que têm assolado a ilha de São Miguel, sobretudo no último fim de semana e que foram “unânimes na premência do encerramento”, revela o sítio Igreja Açores.

Sinais de evidente degradação

“A nossa igreja, como todos sabeis, revela sinais de evidente degradação na sua cobertura, agravados pelas últimas chuvas desta semana que provocaram danos estruturais irreparáveis que exigem uma intervenção de fundo”, adianta um comunicado do pároco a todos os paroquianos, em seu nome e da Comissão Fabriqueira da paróquia.
Além das infiltrações e do descolamento das estruturas de estuque, a impermeabilização do telhado não evita a queda de água dentro do espaço, “constituindo um perigo para todos os que frequentam a igreja, para além do desconforto que é participar numa celebração com água a pingar e a escorrer pelas paredes” esclarece ainda a nota sublinhando que têm vindo a ser tomadas medidas “para mitigar os problema” mas, “chegados aqui e agora, depois de ouvidos todos os pareceres técnicos tornou-se impossível continuar a usar este espaço para as nossas celebrações, sem que estivesse em risco a segurança das pessoas e bens”.
“Tendo em conta, que a igreja, enquanto espaço de culto, é frequentado por um elevado número de crianças, adultos e idosos, que nos merecem o maior respeito pela sua integridade física, decidimos- eu e a Comissão Fabriqueira, em diálogo com as instâncias próprias da diocese- , antecipar o encerramento da Igreja até à conclusão da obra e estarem garantidas todas as condições de segurança”, pode ler-se no comunicado.

Decisão tinha de ser tomada

“Sabíamos que esta hora chegaria, e lamentamos profundamente que a decisão tenha de ser tomada em vésperas de tão importantes celebrações como são as do Natal” diz ainda a nota da paróquia que assegura que tudo fará para que as celebrações do natal e as que se lhe seguirem decorram “com dignidade”.
“Compreendemos o desalento que alguns de vós podereis sentir, sobretudo atendendo à época do ano que vivemos, mas juntos, com a ajuda do Santíssimo Salvador do Mundo, encontraremos a força necessária para ultrapassar este problema” refere a nota pedido a colaboração de todos “diante esta grande obra que é a recuperação da nossa Igreja para que todos nela possam estar e participar em perfeita segurança”. A programação de Natal mantém-se como definido previamente. No dia 23 de Dezembro, às 19h00 é celebrada a Missa do IV Domingo do Advento; no dia 24 às 17h30 haverá Missa Vespertina do Nascimento do Senhor nas Gramas e às 19h00 Missa Solene de Natal com baptismos no Salão da Ribeirinha.
No dia 25 de dezembro, a Missa de Natal é às 12h00 e no dia 30 de dezembro a Missa da Sagrada Família será às 18h30. No dia 31 de dezembro, às 12h00, a Missa da Sagrada Família terá a bênção das famílias.
No dia 1 de Janeiro a Missa da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus terá lugar às 12h00 e no dia 6 de Janeiro, dia de Reis, a Missa vespertina será às 19h00. Nesse dia celebra-se a Epifania do Senhor e a Missa de Domingo, dia 7, será às 12h00 e, às 15h30, haverá cortejo de Reis com a comunidade.
A construção da Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo foi iniciada em 1826 e concluída em 1861, substituindo uma antiga ermida da mesma evocação. Sendo um misto de barroco e gótico, com predominância daquele último, foi restaurado nos finais do século XX.

Uma antiga ermida
da mesma evocação

A Igreja tem uma planta poligonal composta por três naves, definidas por arcos formeiros, de volta perfeita, assentes em pilares toscanos, e capela-mor flanqueada por capelas colaterais, interiormente com coberturas em falsas abóbadas de berço e ampla iluminação axial e bilateral, tendo adossado à esquerda o batistério e sacristia e à direita torre sineira e anexo.
A fachada principal é tripartida, com cada pano rasgado por vãos retilíneos em eixo, composto por portal e janela ladeados por pilastras sustentando friso e cornija, rematada em tabela com aletas laterais e espaldar recortado, tardo-barroco. A fachada é ainda decorada por elementos volutados, vieiras e resplendor, relevados em cantaria. As fachadas são flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos, e rematadas em frisos e cornijas, rasgando-se nas laterais amplas janelas rectilíneas e porta travessa, na lateral esquerda.
A Torre sineira tem dois registos, rematada em balaustrada e com dois registos definidos por frisos e cornijas, o inferior rasgado por óculos desiguais, recortados e decorados, e o superior com quatro ventanas de volta perfeita.
No interior tem coro-alto, batistério, dois púlpitos confrontantes na nave central, adossados aos pilares, e duas capelas laterais profundas com retábulos de talha revivalistas, tal como as capelas colaterais e a capela-mor. Os vãos dos corpos adossados nas fachadas laterais têm arco apontado, de caráter revivalista.

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