O Bloco de Esquerda defende um novo modelo de financiamento das universidades, que proteja as universidades mais pequenas, como é o caso das Universidade dos Açores e defende um modelo de acesso ao ensino superior que promova a igualdade de oportunidades, sem propinas, e com apoios ao transporte e ao alojamento.
Numa visita ao pólo de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, Joana Bettencourt defendeu um modelo de financiamento “que tenha em consideração a realidade de cada universidade”, que no caso da Universidade dos Açores, por exemplo, deve ter em conta, o facto de estar presente em três ilhas, o que implica custos acrescidos.
A candidata do Bloco explica que no modelo actual o financiamento das instituições de ensino superior é feito a partir das receitas das propinas e dos serviços prestados pela universidade, “e isso prejudica muito as universidades pequenas, como é o caso da Universidade dos Açores, porque, com menos alunos, menos receita terá”.
Joana Bettencourt reconhece a importância do recente financiamento extraordinário assegurado através de um contrato-programa, mas salienta que isso “não passou de um remendo, que não resolve os problemas da Universidade dos Açores a médio e longo prazo”.
A candidata do Bloco afirma que a universidade dos Açores “é um pilar do desenvolvimento da Região, quer ao nível da formação, quer ao nível da investigação científica”, e que é necessário haver mais investimento, até para combater o atraso estrutural dos Açores ao nível da formação superior.
“Os Açores são a região do país com a menor percentagem de licenciados”, assinala a candidata, que reforça a necessidade de se criarem condições para “democratizar o acesso ao ensino superior”, que deve passar a ser gratuito, e deve apoiar o transporte e alojamento dos alunos.
Em declarações aos jornalistas, Joana Bettencourt lamentou ainda “a inércia dos deputados que têm sido eleitos nos Açores para a Assembleia da República”, que em campanha falam dos mesmos assuntos há vários anos, mas que acabam por nunca os resolver, referindo-se não só à questão do financiamento adequado da Universidade dos Açores, mas também a outros assuntos recorrentes como a construção do novo Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada, ou o processo de substituição dos cabos submarinos, por exemplo.