Hoje apresento-lhes um pequeno exercício simplificado sobre as eleições do passado dia 10, fazendo as contas pelo número de votos e não por esquemas instituídos previamente.
Deputados
VOTOS AR falsa AR verdadeira
AD 1814222 77 68
PS 1812469 78 68
CHEGA 1169836 50 44
IL 319685 8 12
BE 282314 5 11
PCP-PEV 205436 4 8
L 204676 4 8
PAN 126085 1 5
ADN 102032 0 4
PPD-CDS 52992 3 2
RIR 26121 0 0
Votos 6115868 230 230
Portanto, 26.591 votos por deputado.
Um cidadão–um voto, é a definição mais comum de democracia, não é a nossa com os métodos de Hondt, a que chamo honte em francês ou vergonha em Português.
Como pode ser aceitável que os deputados de uns partidos sejam mais custosos de conseguir?
Que um pode ter deputados com 23.000 votos e outro com 102.032 votos possa ficar sem representação na AR democrática, a saber o ADN, desconheço o que é, mas deve ser divertido para o afastarem assim da nossa casa Mãe; aliás, o RIR também ficou de fora.
Claro que há freguesias, concelhos, cidades grandes e pequenas, partidos e partidinhos, regiões autónomas e outras menos, e cidadãos daqui e dali, mais ou menos iguais, caciques e presidentes de partidos, de freguesias e por aí acima.
Mas a realidade continua a mesma e beneficia os grandes, prejudicando os pequenos. Grande novidade, foi feita mesmo para isso.
Não tenho nada a favor nem contra os que teriam mais ou menos deputados, mas toda a variedade seria bem vinda .
E o manicómio que por lá se instalou só me dá razão: o RIR vai fazer mesmo falta, até vou descobrir o que é. Quem sabe? Posso RIR com eles…