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CDS afirma que greve na Atlânticoline está a tomar “dimensões preocupantes”

A deputada do CDS-PP, Catarina Cabeceiras, reuniu-se com o Núcleo Empresarial da Ilha de São Jorge, bem como com a Câmara de Comércio da Ilha de São Jorge, entidades representativas do setor empresarial da ilha, “para abordar algumas questões essenciais à dinâmica empresarial da ilha, nomeadamente a greve dos trabalhadores da Atlanticoline”.
Devido ao impasse negocial actual que decorre da greve que se iniciou a 7 de Março deste ano, a deputada referiu que “a greve está a ter um impacto bastante prejudicial na economia da ilha, uma vez que, das três ilhas do triângulo, São Jorge é a única que não tem gateway, ficando assim dependente desta operação marítima para que os turistas cá cheguem”, destacando a preocupação dos profissionais da área por já terem sido registados diversos cancelamentos, nomeadamente voltas à ilha.
Catarina Cabeceiras manifestou preocupação, afirmando que esta situação de greve “está a tomar uma dimensão preocupante, uma vez que existem operadores turísticos que estão a pensar retirar a ilha de São Jorge dos seus roteiros devido aos constrangimentos actuais sentidos e a falta de previsibilidade”, exaltando também que “isto representa perdas para os diversos agentes económicos da ilha”.
Abordando ainda a questão turística, a parlamentar referiu que “é imperativo que as ligações marítimas apresentem previsibilidade para que os operadores turísticos possam manter os circuitos programados”, acrescentando que “o prolongamento da greve tem contribuído para uma imagem negativa do produto turístico triângulo quer a nível da sua promoção, quer mesmo a nível regional e da imagem dos Açores”.
Referindo-se ao impasse entre os trabalhadores e a administração da Atlanticoline, a deputada do CDS-PP afirmou que “a greve é um direito é certo, mas é urgente que surja um entendimento negocial. Actualmente, todo este processo encontra-se em fase de reconciliação entre a empresa e os trabalhadores, ao abrigo do artigo 523º do Código do Trabalho, na expectativa que este impasse seja ultrapassado para o bem da economia da nossa ilha. Com esta situação os operadores turísticos têm optado pelos turistas permanecerem nas ilhas do Faial e do Pico abdicando da ida à ilha de São Jorge”, manifestando também uma grande preocupação com o aproximar de meses de maior fluxo turístico em que esta situação será altamente penalizadora.
A parlamentar destacou ainda que “além dos constrangimentos sentidos pelas empresas, acrescem os sentidos pela população em geral na sua mobilidade, pois são inúmeros os casos das pessoas que trabalham ou estudam em São Jorge, mas que residem no Pico ou no Faial. Estas dificuldades são igualmente sentidas por aqueles que têm de se deslocar ao Hospital da Horta para atender às suas consultas”.
Em conclusão, Catarina Cabeceiras transmitiu ter tomado boa nota das preocupações dos representantes dos empresários jorgenses, reiterando o apelo para que “exista um célere entendimento, de forma, a que este impasse seja rapidamente ultrapassado para o bem da economia da nossa ilha.”

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