O Juntos Pelo Povo, presidido pelo ex-deputado Carlos Furtado, enviou ontem uma carta aos partidos com assento na Assembleia Regional, do seguinte teor:
“Exmo.(a) Sr.(a)
Considerando que a Sata Azores Airlines é um ativo determinante para o desenvolvimento dos Açores e para a mobilidade do seu povo e sendo que a alienação de parte da companhia, é matéria que tem dividido a opinião pública.
Considerando o direito de participação do povo açoriano na decisão do futuro da companhia, mas também o dever da população em se manifestar neste assunto, uma vez que as decisões tomadas para o futuro da companhia impactarão de forma determinante no presente e principalmente no futuro dos Açores.
Considerando que a opção que venha ser manifestada pela população, quanto à privatização da companhia aérea, será um contributo importante nas decisões a serem tomadas pelo acionista, assim como dará peso acrescido nas eventuais negociações com instâncias comunitárias.
Considerando que o Estatuto Politico-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, na alínea (e) do Artigo 31º reconhece o poder de apresentação de anteproposta de referendo regional, aos deputados eleitos e que a matéria que constitui um referendo regional sobre a privatização da Sata Azores Arlines, enquadra-se no definido o no nº3, do Artigo 43, do referido estatuto.
Considerando que os resultados eleitorais do passado dia 4 de fevereiro, não permitiram a eleição de deputados do partido, Juntos Pelo Povo (JPP) e consequentemente este partido tem assim, no momento, a sua atividade pública na sociedade açoriana condicionada, não podendo por isso acionar o mecanismo de anteproposta de referendo regional, com a celeridade que o assunto merece.
Entendeu o JPP Açores, enviar missiva aos partidos com assente na ALRAA, solicitando a estes a apresentação de uma iniciativa de anteproposta de referendo regional sobre a privatização da Sata Azores Airlines, a fim deste referendo esclarecer de forma mais clara e objetiva o que pensam os açorianos sobre o destino da companhia.
Deste modo, agradecemos a vossa melhor atenção ao assunto”. Assina Carlos Furtado.