Os bancos cobraram indevidamente 8,3 milhões de euros em juros, comissões e outras despesas no ano passado e foram obrigados a devolver esse dinheiro aos clientes, na sequência das acções de fiscalização realizadas pelo supervisor junto de mais de uma centena de instituições.
Este valor traduz um aumento significativo (o montante quase triplicou) face aos três milhões de euros cobrados de forma irregular pelos bancos em 2022.
O Relatório de Supervisão Comportamental divulgado Quarta-feira pelo Banco de Portugal explica que “cerca de sete milhões de euros se destinaram à regularização de situações de cobrança irregular de comissões”, nomeadamente nas operações de renegociação de contratos de crédito e onde os bancos tiveram de devolver quase 5,4 milhões que tinham cobrado indevidamente em mais de 200 mil operações.
Por outro lado, os bancos também cobraram a mais 661 mil euros em comissões associadas ao processamento das prestações do crédito da casa, após o fim desta comissão decretada pelo Parlamento em Julho do ano passado.
Outros 500 mil euros foram devolvidos aos clientes pela cobrança indevida de comissões de reembolso antecipado do empréstimo à habitação com taxa variável.