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Qual a diferença entre Psicologia Clínica e Psicoterapia?

A difrença entre um/a psicólogo/a clínico/a e um/a psicoterapeutapassa não só pelas suas funções, como pela formação e especializações do/a profissional.
Para ser psicólogo/a clínico/a é necessário possuirlicenciatura em Psicologia e especialização em Psicologia Clínica e da Saúde. Para se ser psicoterapeuta, além da especialidade em Psicologia Clínica e da Saúde é necessária formação extra numa das várias psicoterapias disponíveis.Esta formação inclui componentes teóricas e práticas, e tem de ser reconhecida por entidades competentes. A formação teórica abrange diferentes abordagens psicoterapêuticas, enquanto a formação prática envolve a aplicação desses conhecimentos em contextos clínicos supervisionados.
A supervisão é uma parte crucial do desenvolvimento de um psicoterapeuta. Durante este processo, o profissional é orientado por um/a supervisor/a experiente que o/a ajuda a refletir sobre a sua prática clínica e a desenvolver competências terapêuticas para lidar com desafios que possam surgir durante as sessões.O autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal são componentes essenciais na formação de um psicoterapeuta. Assim, este processo inclui a autoanálise e trabalho sobre as próprias vivências e memórias, condições fundamentais para garantir a eficácia e a ética na prática psicoterapêutica.
Após completar a formação e a supervisão, é necessário obter a certificação e o registo junto da Ordem dos Psicólogos Portugueses, requisitos necessários para exercer legalmente a profissão de psicoterapeuta.
Em Portugal, existem diversas correntes de psicoterapia disponíveis, cada uma com abordagens e técnicas distintas. De seguida, apresentam-se as principais:

  1. Psicanálise, Terapias Psicanalíticas e Psicodinâmicas: Estas abordagens focam na exploração do inconsciente e das experiências passadas para compreender e resolver conflitos internos.
  2. Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCC): Estas terapias centram-se na modificação de padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, sendo amplamente utilizadas para tratar uma variedade de perturbações, incluindo ansiedade e depressão.
  3. Terapias Humanistas ou Centradas no Cliente: Estas abordagens enfatizam a importância da autoexploração e do crescimento pessoal, promovendo um ambiente terapêutico de aceitação e empatia.
  4. Terapias Familiares: Estas terapias focam nas dinâmicas e relações familiares, trabalhando com famílias para resolver conflitos e melhorar a comunicação.
  5. Terapias Expressivas e Experienciais: Estas abordagens utilizam técnicas como arte, música, drama e movimento para ajudar os indivíduos a expressar, processar e compreender emoções.

Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Joana Amen*

*Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta. Vogal da Direção da Delegação Regional dos Açores da OPP

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