Este título “irritante burocracia desnecessária, inútil, incoerente e trabalhosa” reflete a sensação que tive ao fim de cerca de 15 minutos quando concluí o registo de residente na Atlânticoline, uma organização que devia conceder mestrados em burocracia online todos os que se sujeitam ao arcaico processo de registo de residente…um modernismo todavia, que peca por não ter incluído uma folha de papel selado e imposto de selo…
A maioria dos residentes nos açores terá dificuldades extremas neste processo, maiores com a idade, com o meio rural em que estiverem inseridos, grau de escolaridade, etc…para jovens no ensino secundário pode parecer simples mas para os restantes não é.
De facto este governo e as suas firmas colaterais como a AtlanticoLine usam tecnologia do séc 21 para procedimentos desenhados no séc 19…não há Simplex que os salve, cada procedimento concursal ou outro está eivado de burocracias inúteis, repetitivas, desnecessárias que devem esperar leve as pessoas a desistirem de o concluírem. Não há outra explicação para este processo kafkiano. Experimentem…creio que o Cartão de Cidadão contém indicação da residência fiscal…e já contém o NIF que nos identifica na região onde pagamos impostos. Para quê complicar? O Manual da AtlanticoLine tem apenas 15 páginas…com estas especificidades (faltou a identificação de animais de companhia e outros similares)
- Introdução …………… 3
- Processo …………… 4
2.1. Obtenção de certidão do Domicílio Fiscal …………. 4
2.1.1. Obter certidão no Portal das Finanças ………….. 5
2.1.2. Obter comprovativo via Autenticação.gov ……… 7
2.2. Registo na plataforma Residente Açores ………….. 10
2.3. Registo de familiares ou amigos ………….. 14
Se a SATA descobre este sistema ainda nos obriga a fazer o mesmo para sermos reembolsados.
Tenham dó, mudem de profissão e de país, vão complicar lá para longe, já é tempo de os Açores entrarem na era digital a sério, ou então se não sabem fazer melhor peçam à IA… - Chrys Chrystello*
*Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713
MEEA-AJA (IFJ)