Bolieiro salienta a relevância geoestratégica dos Açores no Atlântico

O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, foi orador convidado na conferência “A Autonomia e o Governo Regional”, realizada no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, no âmbito da visita do 49.º Curso de Defesa Nacional 2024/2025 (CDN24/25) à Região Autónoma dos Açores.
O evento, organizado pelo Instituto da Defesa Nacional (IDN), contou com a presença de uma delegação liderada pelo Coronel João Assis Barbas, diretor do CDN, e pelo Coronel José Teixeira Leite, subdiretor do curso, bem como cerca de 50 auditores provenientes de diversos setores da sociedade portuguesa.
O líder do executivo açoriano reforçou a relevância geopolítica e geoestratégica dos Açores para Portugal e para a União Europeia, sublinhando o papel fundamental do arquipélago na projeção atlântica do país.
“Os Açores acrescentam dimensão a Portugal e à União Europeia, não apenas pelo seu posicionamento estratégico no Atlântico, mas também pelo seu contributo para a segurança e defesa no espaço europeu”, afirmou José Manuel Bolieiro.
O governante destacou ainda a importância do mar e do espaço dos Açores no contexto global, defendendo a visão de um país arquipelágico com uma fronteira atlântica determinante para o seu peso internacional.
“Portugal deve assumir-se plenamente como um país atlântico, em que os Açores são uma mais-valia estratégica incontornável, reforçando o nosso papel na União Europeia e no mundo”, sublinhou.
Relativamente à autonomia regional, José Manuel Bolieiro argumentou que esta não enfraquece, mas sim valoriza e acrescenta ao país, reforçando o contributo dos Açores para a identidade nacional.
José Manuel Bolieiro enalteceu ainda a escolha do IDN em incluir os Açores no programa do Curso de Defesa Nacional, reconhecendo a importância do arquipélago como espaço de debate estratégico e de reflexão sobre a segurança e defesa do país.
O Curso de Defesa Nacional, organizado anualmente pelo IDN, visa fomentar o diálogo entre a Defesa Nacional e a sociedade civil, abordando temas nas áreas da Ciência Política, Relações Internacionais, Estratégia, Economia, Segurança e Defesa, conclui nota do governo.