A frota regional dos Açores atingiu 100% da quota anual de alfonsim (Beryx splendens), ficando interdita de capturar, transportar, transbordar, manter a bordo, descarregar ou vender exemplares desta espécie desde o dia 2 de dezembro e até às 23h59 do dia 31 de dezembro. A medida implica, na prática que fechou de imediato a pesca de alfonsim no arquipélago durante os restantes dias do ano, sinalizando a forte pressão sobre uma espécie de profundidade que integra o conjunto de recursos com gestão particularmente restritiva.
De acordo com a atualização divulgada, durante este período apenas é permitida a captura de imperador (Beryx decadactylus) em cada viagem de pesca, respeitando os limites previstos na lei.
Assim, a atividade das embarcações que operam nestas pescarias passa a depender do enquadramento específico definido para o imperador, evitando a captura dirigida de alfonsim enquanto vigorar a proibição.
Em paralelo, a frota açoriana atingiu 80% do limite do 4.º trimestre de capturas de badejo (Mycteroperca fusca). O aviso indica que a quota desta espécie será encerrada quando se alcançarem os 100% da possibilidade de pesca anual, o que sugere um cenário de potencial fecho iminente caso o ritmo de capturas se mantenha nas próximas semanas.
Os dois indicadores revelam, nesta fase final do ano, um quadro de crescente restrição para pescarias relevantes na Região Autónoma dos Açores, com impacto direto na gestão de esforço da frota e na oferta que chega às lotas. O encerramento do alfonsim e o aproximar do limite anual do badejo reforçam a necessidade de uma monitorização apertada das descargas.
