Apesar de uma boa campanha este ano, o sector vitivinícola nos Açores está continuamente à mercê da influência das mais díspares pragas, como pragas coelhos, lagartos, roedores, mas sobretudo aves).
Por tal, a produção de uvas e sua consequente quebra de rendimentos dos vitivinicultores, nas últimas campanhas vitivinícolas tem sido bastante prejudicada, a ponto de estar a causar um forte desânimo no sector.
Em consequência deste condicionalismo, a actividade agrícola vitivinícola, que vinha dando sinais muito positivos de renascimento de uma tradição secular, de crescente importância social e económica e com forte contributo para a coesão territorial da nossa Região, enfrenta um futuro de sucesso e desenvolvimento incertos e de grande preensão, exactamente pelo crescente impacto negativo das ditas pragas nas produções vitivinícolas.
Perante tal, o Instituto da Vinha e do Vinho dos Açores (IVVA), liderado por Cláudio Lopes, considera imperiosa uma reflexão mais aprofundada desta matéria, que deverá envolver várias sensibilidades, experiências e conhecimento científico.
O Instituto avançou já com a proposta da criação de um Grupo de Trabalho pluridisciplinar que possa sugerir à tutela governativa da agricultura algumas possibilidades de intervenção no controlo dessas pragas e na mitigação dos prejuízos por elas causados.
O destinatário da proposta é, portanto, o Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, a quem é sugerida a integração na referida estrutura de trabalho de elementos dos Serviços de Desenvolvimento Agrário e dos Serviços do Ambiente do Pico, Terceira, Graciosa, Santa Maria e São Miguel, como ainda da Direcção Regional da Agricultura, Alimentação e Veterinária, da Direcção Regional do Ambiente e da Universidade dos Açores, par de representantes das cooperativas Pico, Terceira, Graciosa e Santa Maria, da Associação de Viticultores dos Açores e da Associação de Viticultores da Ilha Terceira, como do SPEA Açores e, naturalmente, do IVV Açores, IPRA.
O IVV Açores, como entidade que tem a missão de defender e proteger o sector vitivinícola regional, diz estar está inteiramente disponível para participar e colaborar numa urgente e muito necessária reflexão sobre esta problemática, com o objectivo claro e determinado de ajudar ao encontrar de soluções que melhorem os rendimentos das nossas explorações vitivinícolas.
