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Presidente da TAP diz que o Estado deve ter participação na companhia por causa das Regiões Autónomas

O Presidente da TAP, Luís Rodrigues, que anteriormente foi Presidente da SATA, defendeu que o Estado deve manter uma participação na companhia aérea após a privatização e que se deve atrair investidores fora do sector da aviação, em entrevista ao Financial Times.
“A minha recomendação seria que o Governo português mantivesse uma posição, fizesse parte de todo o processo de desenvolvimento”, disse o líder da TAP, em entrevista ao jornal britânico.
Luís Rodrigues justificou que, daquela forma, garante-se que “se os actores mudarem, ninguém entrará com uma agenda diferente”, apontando como exemplo a necessidade de servir as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
O Presidente da TAP, que tomou posse há cerca de um ano, defendeu ainda que se deve atrair investidores fora do sector da aviação, para contornar eventuais preocupações concorrenciais da Comissão Europeia com a consolidação de companhias aéreas.
“Acho que em algum momento poderemos estar prontos para uma venda de 100%, mas vamos passo a passo”, realçou.
Os três grandes grupos europeus de aviação – Air France-KLM, Lufthansa e IAG – manifestaram interesse no negócio da TAP, após o anterior Governo ter anunciado, em 28 de Setembro, a intenção de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, reservando até 5% aos trabalhadores, e de querer aprovar em Conselho de Ministros até ao final do ano passado, ou “o mais tardar” no início de 2024, o caderno de encargos da privatização.
Pinto Luz, o Ministro das Infraestruturas, já reagiu, dizendo que o gestor deve focar-se na gestão da companhia, “que bem precisa”, e nas suas responsabilidades nesse âmbito.

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