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S. Miguel e Terceira vão ter os primeiros enfermeiros de família

Os primeiros enfermeiros de família nos Açores devem iniciar o contacto com os utentes até ao final do ano, abrangendo cerca de 12.000 pessoas, nas ilhas Terceira e São Miguel, informou a Ordem dos Enfermeiros.
“Penso que entrámos na fase de implementação propriamente dita no terreno e contamos que, até ao último trimestre deste ano, possamos ter os primeiros enfermeiros de família a contactarem com as suas famílias e a fazerem o desenvolvimento na prática”, disse o presidente da secção regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Soares.
Os dirigentes da Ordem participaram segunda-feira em reuniões com o Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, a unidade de saúde da freguesia de Santa Bárbara e o grupo de trabalho criado para implementar o projeto-piloto do enfermeiro de família nos Açores.
Segundo Pedro Soares, o balanço do trabalho já desenvolvido é “claramente positivo”.
“Desde a criação da legislação, fez-se o desenvolvimento de toda a regulamentação das funções do enfermeiro de família nas diversas unidades nos Açores, desenvolvemos também um instrumento ligado à gestão, onde passámos a ter toda a estatística de atividade do enfermeiro de família, e estamos a terminar o manual de uniformização de procedimentos, que será um guia de implementação nas outras ilhas”, revelou.
O projeto-piloto vai arrancar com 15 enfermeiros no Centro de Saúde da Povoação, na ilha de São Miguel, e nos núcleos de saúde familiar de Santa Bárbara, São Sebastião e Vila Nova, na ilha Terceira.
“Estamos a falar de um projeto que, nesta fase, terá um impacto em cerca de 12.000 pessoas, cerca cinco mil famílias”, adiantou o responsável da Ordem.
Os enfermeiros das zonas selecionadas para receber o projeto-piloto “aceitaram bem” a participação e a Ordem prevê que, “num futuro muito próximo, todos tenham formação na área da saúde familiar”.
Nesta fase inicial não foi necessário contratar mais enfermeiros, apenas ajustar as condições de trabalho nas diferentes instituições, mas Pedro Soares admitiu a necessidade de reforço de meios quando o projeto for alargado a todo o arquipélago.
“Já estamos a fazer todos os cálculos necessários para que, à medida que formos crescendo com o projeto nas outras ilhas, possamos ter as condições quando lá chegarmos”, explicou.
O alargamento às restantes ilhas será feito de forma gradual, mas não há ainda prazos definidos, nem um número concreto da necessidade de contratações.
“Estamos a cumprir um plano que traçámos inicialmente, que é fazermos uma implementação com uma boa sustentabilidade e não cometermos os mesmos erros do passado. É ainda muito cedo para darmos data para todas as ilhas. Vamos por partes, primeiro esta etapa de vermos a reação nas zonas piloto e, depois, avançamos para as restantes ilhas”, apontou o presidente da secção regional da Ordem dos Enfermeiros.
Pedro Soares acredita que o projeto permitirá cuidados de saúde “de muito maior proximidade” nos Açores.
“Na nossa opinião, irá melhorar os cuidados de proximidade, irá dar uma maior atenção à nossa população nas diversas freguesias, um maior seguimento da saúde e, acima de tudo, um maior encaminhamento para outros cuidados que sejam necessários”, defendeu.

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