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Outra vez?!!

Lá vamos nós ficar outra vez com a sensação de que “já vimos este filme rasca “ e que em breve veremos uma repetição, mas com a certeza de que por cada vez que exista um novo ato eleitoral, qualquer que ele seja mesmo no que respeita os resultados, os cidadãos pagam dos seus impostos dezenas de milhões de euros para os partidos que contribuíram, na sua grande parte, para esta desgovernação.
Não consigo ter a certeza se serão euros bem ou mal empregues, apenas posso concluir que pagamos os outdoors, panfletos, programas de divulgação, utilizações de viaturas, almoços e jantares ou mesmo o custo de estadias que apenas servem a um pequeno conjunto de cidadãos que se afirmam pertencer a um determinado partido e serem melhor para a nossa esperança no futuro.
Se fossemos um país rico diria que nada havia de mal nisto, mas atendendo ao número de cidadãos pobres e mesmo aqueles que ainda em conjunto com os cônjuges ganham misérias de ordenados e nem conseguem pagar a renda das casas (alguns são já sem-abrigos, por imposição), quanto mais para alimentar condignamente os filhos ou proporcionar-lhes conhecimentos adequados e saúde sem terem de sofrer horas intermináveis de espera para serem atendidos em poucos minutos e com muitas sorte não falecerem.
Tudo me parece desumano, tanto mais que muitos destes políticos nunca o deveriam ser, quer pelo seu passado quer mesmo presente. Seria ótimo haver pelo menos alguma vergonha por parte dos próprios, mas muitos nem vergonha têm…
Tirando as ações de propaganda e em que começa o período pré-eleitoral para as legislativas, estamos agora prontos para ouvir/ver o que os partidos concorrentes às legislativas têm para nos tentar aldrabar.
São as entrevistas fastidiosas, as filmagens em sessões públicas e privadas, as visitas a todos os locais onde cheira a peixe ou mesmo presunto, de onde o candidato é natural ou não, ou onde se faça exposição de roupa contrafeita para venda, no meio de gritos das vendedoras.
São os abraços mais ou menos apertados – obrigando bastas vezes a curvar a coluna porque o(a) cidadão(ã) tem altura inferior ao candidato – ou os sorrisos perante a cara de satisfação de quem tenta mostrar em quem vota dando origem a esgares mal disfarçados de repúdio do candidato perante beijos lambuzados de quem quer ficar na fotografia, filmagem ou mesmo selfie.
Engraçado é quando, normalmente uma mulher, dada a sua fragilidade, e em idade avançada agradece encarecidamente o aumento concedido, de míseros 10/15 euros que recebeu e solicita que “o sr. doutor se lembre dela outra vez”, retorquindo o candidato “com certeza, não se preocupe” e pensa profundamente que não há problema pois o dinheiro nem é dele, mas de todos nós que descontamos e recebemos miseravelmente também.
Promessas de maus pagadores, que esquecem rapidamente o que dizem ir fazer.
As agruras que os candidatos passam no dia de campanha fica resolvido em casa, com um bom banho de espuma concentrada “lixiviante” ou melhor ainda com um bom período de tempo no jacuzzi da família e um jantar de qualidade e bem regado.
O aborrecimento deve ser a necessidade de ter de se fazer esta higienização durante cada dia das semanas, não só de pré como de campanha. Na minha opinião estas ações deveriam durar no máximo três dias para evitar toda esta “trabalheira” e asneiras/mentiras que se acumulam diariamente pelos candidatos.
Também deve ser difícil fazer a gestão dos fatos e agasalhos normalmente de marca que sendo usados para a campanha obrigam a um maior dispêndio na lavandaria.
Se assistir ás discussões entre partidos na Assembleia da República já muitas vezes ultrapassa os programas cómicos, estou certo que só os quinze dias de campanha permitirão antever o futuro dos trabalhos fastidiosas na mesma.
Como sempre contados os votos, todos dirão ter ganho.
Senão pela maior percentagem de votos, pelo menos por terem aumentado a percentagem relativamente ao ato anterior ou por terem mais um(a) concelho/ freguesia ou apenas um votante. Ou mesmo pela assunção da junção de partidos de esquerda ou direita.
Cansados de toda estes dias de campanha e pela longa noite de apresentação de resultados, deveremos antever que ainda este ano infelizmente para nós e erário público, ocorrerão outros atos com a tendência de surgir novas (maioria velhas e repetidas e não verdadeiras) promessas, aumentando a nossa já enorme “canseira”.

J. Rosa Nunes
Prof. Doutor

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